Reitor, cadê o horário de verão?
O calor no Rio Grande do Sul já virou notícia nacional. A brincadeira do “Forno Alegre” já foi usada até pelos noticiários do tempo. Enquanto isso na UFRGS, os técnicos estão fritando dentro das suas salas, a maioria sem ar-condicionado e com demandas reduzidas. Os campi estão às moscas, ou estão “aos técnicos”, que junto aos terceirizados são os únicos trabalhando, pois é período de férias, não havendo aulas. Sem falar no problema da segurança. Sem movimento de estudantes o entorno da universidade se torna mais perigoso, aumentando os assaltos e obrigando muitos colegas a usar táxi ou “uber” para se deslocar.
Por anos, a UFRGS mantém a prática de reduzir o período de trabalho nos meses de janeiro e fevereiro, conhecido como horário de verão. A Assufrgs consultou a reitoria para saber quando seria o início deste procedimento, que em geral iniciava após o vestibular. A administração informou que estava aguardando parecer da Procuradoria, mas até agora não retornou. Não entendemos porque a necessidade de um parecer para implementar uma prática usual e que sempre deu resultados positivos.
Diferente de outros setores do serviço público que fazem – não somente horário de verão, mas até recesso- nós da UFRGS, devido a suspensão do período de aulas, temos mais argumentos para horário diferenciado neste período. Além do mais, com todos os problemas causados pelos cortes de verbas em consequência da PEC 95 é mais do que factível essa prática, em nome dos princípios da razoabilidade e da economicidade. Tanto é assim, que a UFCSPA e o IFRS já iniciaram o horário de verão para seus trabalhadores. Na UFSM, por exemplo, a administração estabeleceu ainda em novembro, através de portaria, horário de expediente externo reduzido, determinando expressamente que não deve ser cobrada a compensação das horas não trabalhadas, uma vez que se trata de medida que beneficia a própria instituição.
A Assufrgs protocolou ofício demandando que a Reitoria da UFRGS institua o horário de verão nos meses de janeiro e fevereiro na Universidade, com expediente reduzido e sem necessidade compensação. Entendemos que a unidade para defender a Universidade é também a defesa da qualidade dos serviços e dos seus trabalhadores!