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Audiência Pública na ALERGS debate como o corte orçamentário pode inviabilizar instituições federais de educação no RS

O corte orçamentário de 30% realizado pelo Ministério da Educação, no final de abril, impacta negativamente as instituições federais de educação no Rio Grande do Sul, a ponto de inviabilizar seu funcionamento. A frase substancia as manifestações de reitores, diretores, gestores, professores, servidores e alunos das Universidades Federais e Institutos Federais de Educação (IFs), sediados no RS, proferidas na audiência pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia que tratou dos efeitos do corte orçamentário. O  encontro, que aconteceu no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (21), foi conduzido pela presidente do colegiado, deputada Sofia Cavedon (PT) e pelo deputado Fernando Marroni (PT), ambos proponentes da audiência.

Bernadete Menezes, Coordenadora da Assufrgs Sindicato, representou a categoria de Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS. Em sua participação Berna destacou a excelência da educação pública federal. “Coube à nós da educação defender a educação pública e combater esse governo, que é uma vergonha! Nós estamos a cinco meses esperamos que se tome uma medida que seja pra combater o desemprego, a inflação, o sucateamento do SUS. São cortes como esse que pioram na prática a vida das pessoas. Somos um dos dez países mais ricos do mundo e somos isso graças à pesquisa, à ciência, as universidade e institutos federais. Foi a universidade que deu tecnologia para explorar os poços profundos do pré-sal e esse dinheiro antes vinha para a educação. E a única solução do atual governo é privatizar tudo!N o dia 15 nós mostramos a nossa força, dia 30 estaremos em mobilização junto com os estudantes e dia 14 é greve geral!”.

A comunidade do IFRS compareceu em peso, a presença só não foi maior pela realização da 15ª OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), que ocorreu nesta terça (21) nos campi da instituição. O reitor do IFRS, professor Júlio Heck, tem a avaliação que a educação pública federal é importante para a soberania do país. “Em tempos normais, eu diria, seria desnecessário fazer a defesa daquilo que realizamos nos Institutos Federais. Mas os tempos não são normais e, por conta disso, precisamos falar sobre a importância imprescindível dos institutos para o desenvolvimento soberano do país.”, defendeu.

Heck disse que é dos institutos federais o melhor ensino médio do Brasil. “Onde mais jovens entre 14 e 16 anos podem fazer pesquisa, extensão, arte, cultura e esportes neste país? Somente nos institutos federais”, desabafou. Segundo ele, a luta de professores, servidores e alunos não é somente contra o corte, mas também ao combate à emenda constitucional 95, que instituiu estagnação orçamentária do país por 20 anos. Estavam representadas as reitorias da UFCSPA, UFPel, UFSM, IFFar, IFSul, UFFS e Ministério Público. A UFRGS não mandou representação para a atividade.

Confira a audiência pública na íntegra:

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