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Comunidade da UFRGS diz NÃO ao Future-se, agora é a vez do CONSUN e administração dizerem NÃO

Por Rui Muniz

“A conjuntura política no país hoje aponta para o desmonte e descontrole intencional das estruturas do Estado, eivada de características que podemos identificar como fascista, financista e de cunho liberal; melhor dito, um governo estranho ao Estado Democrático, pronto para vender de vez a soberania nacional e exterminar as funções públicas que o povo brasileiro tanto necessita, com o aniquilamento do SUS e do Sistema Federal de Ensino em contraposição à garantia constitucional pela saúde e educação públicas conquistadas, com a privatização por inanição do sistema público, desregulamentação do mundo do trabalho, fim de projetos populares como habitação, alimentação e condições de infraestrutura sadia… direitos políticos inalienáveis e inegociáveis para o povo brasileiro, que estão sendo excluídos pelo governo de Bolsonaro em atendimento às demandas empresariais.

Nesse bojo de destruição do Estado com viés Democrático para a instalação de um Estado de Direito reacionário, as funções públicas são transferidas para os capitalistas, financistas e empresas privadas na forma de simples venda, alienação, transferência ou alteração de formatos jurídicos para a instalação de gestões por interesses como no caso das Organizações Sociais – OS, já em pauta no Brasil desde a época de FHC. Esse é o caso do projeto para a Educação Pública Federal chamado Future-se, onde as OS aparecem como instrumentos de aniquilação de funções públicas de educação e sua transferência para o Setor Privado, com a garantia dada pelo governo de aferição de grandes lucros.

Na UFRGS, em Sessão Pública do Conselho Universitário em 16 de agosto, a Comunidade Universitária de forma unânime disse NÃO ao projeto Future-se. Mais que uma posição orientadora, essa posição deve ser declarada pela Administração da UFRGS e homologada pelo CONSUN em respeito às posições da Sessão e de todas as Entidades representativas da Comunidade. Também ficou muito clara na Sessão a visão contrária da comunidade quanto aos projetos do governo.”

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