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Em reunião com reitoria da UFRGS, Assufrgs demanda negociação efetiva com a categoria

A Assufrgs esteve reunida na manhã desta segunda-feira (16) com a administração da UFRGS. Confira abaixo alguns dos temas debatidos no encontro:

Interligação

A Reitoria e PROGESP permanecem intransigentes no que se refere à suspensão da interligação do login com a frequência, mesmo com as falhas apontadas pela própria administração. A Assufrgs também apontou uma série de problemas da interligação, com requerimento entregue no CONSUN.

O sindicato deixa claro que segue com a mesma posição, e demandou novamente a necessidade de uma negociação efetiva com os TAEs sobre as demandas elencadas pela categoria.

Instruções Normativas

A Reitoria confirmou que a IN nº2 deve entrar em vigor dentro da universidade em meados de outubro. Já a IN nº1 está para receber avaliação do Ministério da Economia.

Flexibilização

Frente à pressão do sindicato e das demandas continuadas e recorrentes, a reitoria sinalizou a formação de um Grupo de Trabalho, no final do ano, para avaliar a flexibilização da jornada de trabalho e a possibilidade de alteração da atual portaria.

Paridade

Depois de muita pressão da categoria e diante da cobrança do sindicato, o tema sobre a paridade também teve avanços no encontro. Segundo a administração, será criada uma comissão para organizar o debate interno sobre a paridade na universidade, entre final de outubro e começo de novembro. A reitoria garantiu que os sindicatos estarão na elaboração dessa discussão.

Horário de verão

A administração central ainda informou que se compromete com o horário de verão a partir do recesso de final de ano. Em 2019, horário de verão da UFRGS foi atrasado, entrando em vigor somente no dia 28 de janeiro. Relembre.

Greve à vista

Durante o encontro a Coordenação da Assufrgs ainda abordou a greve da educação de 48 horas, que foi aprovada em Plenária da Fasubra no último final de semana. A greve nacional de diversos setores da educação deve ocorrer nos dias 02 e 03 de outubro, tendo como pauta a luta contra os cortes na educação pública. Existe ainda o indicativo de greve por tempo indeterminado, a ser pautado em Assembleia Geral da categoria. 

O sindicato enfatizou que a Reitoria deve garantir a participações dos trabalhadores nas atividades sindicais orientando às chefias a necessidade de liberação, ainda mais diante da conjuntura nacional. Reforçamos aos filiados que permanece a indicação do Jurídico da Assufrgs que greves e paralisações são direitos e não devem ser compensados.

Também foi lembrado parecer da Procuradora Geral da República Raquel Dodge, no início de setembro, onde definiu que “a deflagração de greve por servidores públicos não conduz, automática e necessariamente, à realização de dedução remuneratória correspondente aos dias de paralisação“. A Assufrgs ressaltou que segue em luta contra o Future-se, contra os cortes nas universidades e Institutos Federais e pela revogação da EC 95, que estabelece um teto de investimento na educação pública. 

Terceirizados

Ao final do encontro o sindicato ainda solicitou informações relativas às demissões dos trabalhadores terceirizados, o que foi prometido pela administração.

Avaliação da reunião

Apesar da reitoria seguir intransigente em relação à interligação do login com a frequência, a própria realização da reunião demonstra que foi acertada a decisão da categoria em ter entrado com ação judicial para negociação coletiva. No entanto, é necessário que se estabeleça negociação efetiva, com um calendário que debata ponto a ponto e buscando chegar a resoluções para as pautas da categoria.

Também foi acertado a categoria levar suas demandas ao CONSUN, expondo a necessidade de diálogo. Em tempo, a Assufrgs agradece o apoio importantíssimo dos conselheiros que assinaram o documento entregue ao reitor com as demandas da categoria.

Conclamamos todos os colegas a seguirem se mobilizando e fazendo pressão junto à reitoria pela negociação das demandas da nossa categoria!