Mobilização garante comissão paritária do CONSUN sobre o Future-se e sessão aberta para discutir a Universidade

Na manhã de hoje, o Consun UFRGS deu continuidade ao debate sobre a resposta da universidade à segunda versão do projeto Future-se do MEC. Após os debates iniciados na sexta-feira passada, com especial esforço dos representantes técnico-administrativos, estudantes e alguns docente críticos (incluindo diretores de unidade) foi encaminhada a aprovação de uma comissão paritária do conselho e um GT com especialistas de diferentes áreas.

A comissão ficará responsável por elaborar uma agenda de debates nos campi e ao final uma sessão aberta do Consun. A ideia é, nesses fóruns, elaborar um projeto de universidade que tenha a cara da UFRGS, e que será levado para instâncias externas em contraponto à atual versão do future-se. O GT terá uma responsabilidade técnica de fazer pesquisa de modelos diferentes de autonomia, financiamento, entre outros pontos, para subsidiar as discussões organizadas pela comissão e no conselho universitário.

A posição de rejeição ao projeto não foi alterada, fundamentalmente, porque não há novidades nos fundamentos da medida elaborada pelo governo. Destacamos ainda que o reitor reconheceu logo no início da reunião que havia se expressado erroneamente na sessão anterior e que vai retirar da ata a expressão “censura” com a que tinha caracterizado um requerimento assinado pelos conselheiros e que problematizava a maneira como o debate havia sido pautado.

Nossa mobilização é nas ruas!

O reitor insiste no argumento de que o Congresso Nacional deve ser o espaço de disputa sobre o projeto de universidade. Em contraponto, a bancada dos TAE e outros conselheiros afirmaram que, dada a composição ultrareacionária do Congresso, não é momento propício para fazer um debate que paute mudanças nas leis que hoje regem as Ifes. Este Congresso que rifou a aposentadoria do povo brasileiro para encher os bolsos de dinheiro não será menos canalha em relação à educação pública brasileira.

A mobilização deve se dar para derrotar o Fature-se, revogar e PEC do congelamento de investimentos públicos e garantir recursos públicos para a educação. Em várias falas ficou claro que o caminho para a construção de alternativas para a universidade passa pela mobilização e participação democrática da comunidade nas tomadas de decisão, o que deve ser acompanhado também pelo apoio e participação nas mobilizações fora da Universidade. Nesse ponto, é fundamental a defesa da liberdade sindical.

A universidade deve ser garantida como política de Estado, não pode estar sujeita a conjunturas políticas e econômicas! Lutamos pelo financiamento 100% público, para garantir uma universidade a serviço do povo!