Greve Nacional da categoria chamou atenção para os ataques contra o serviço público
Os Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS realizaram 48h de paralisação nos últimos dias 26 e 27 de novembro. Os dois dias de movimento paredista atingiram diversas universidades do Brasil e foi um chamado da Fasubra Sindical, federação da categoria.
Nacionalmente os dois dias de paralisação tiveram como objetivo chamar a atenção da sociedade para o avanço dos ataques contra as instituições públicas de ensino superior. Há relatos de GREVE e paralisação em universidades como UFSM, UFPEL, UFPE, UFOP, UFS, UFPB, UFPA, UFA, Unifesspa, UFJF, UFRP, UFSCar, entre outras instituições.
Em Porto Alegre as atividades de greve iniciaram com uma Assembleia Geral histórica, que lotou o átrio do Campus Porto Alegre do IFRS, na manhã do dia 26. Participaram da atividade a ex-reitora da UFRGS, Wrana Panizzi, e o Pró-reitor de Ensino do IFRS, Lucas Coradini. Ambos comentaram sobre a importância do movimento dos trabalhadores para barrar o Future-se e o Plano Mais Brasil, conjunto de PECs que coloca nas costas da população e dos trabalhadores do serviço público a culpa e o arrocho como solução para os problemas do país.
Durante a Assembleia Geral os colegas de categoria também manifestaram preocupação com o avanço do desmonte do serviço público e a postura do Ministério da Educação em atacar as universidades e Institutos Federais, com mentiras, contigenciamentos e projetos que visam acabar com a autonomia.
A Assembleia também tirou uma delegação para participar da próxima Plenária Nacional da Fasubra, de 06 a 08 de dezembro. A delegação da Assufrgs será composta pelos colegas: Paulo Terra, Fernanda Lanzarini, Rui Muniz, André Mortari e Cesar Daniel Rolim.
Ato unitário dos servidores públicos do RS
Ao final da Assembleia Geral, os Técnico-Administrativos em Educação realizaram uma caminhada pela ruas do centro e entregaram panfletos à população de Porto Alegre. O material alertava para os impactos do conjunto de PECs do governo Bolsonaro, para os ataques de Eduardo Leite aos servidores públicos estaduais e relembrava sobre o desmonte que Marchezan realizou na carreira dos municipários. A caminhada encerrou na Praça da Matriz, onde nossa categoria realizou um almoço, para se preparar para o ato da tarde.
Na metade da tarde a comitiva do CPERS visava entregar um ofício ao governo do Estado, solicitando a retirada do pacote da pauta da Assembleia Legislativa. Projetos estes de todo rejeitados pelos educadores(as) e que representam a gota d´água de um massacre que já perdura por cinco anos, deflagrando uma das maiores greves dos 74 anos de história do CPERS.
Após uma longa e desrespeitosa espera, a comitiva foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, fora das portas do Palácio, na calçada. Com derrubada do gradil, membros da comitiva se viram espremidos entre a tropa de choque da Brigada Militar e a multidão. Dezenas foram covardemente agredidos com gás de pimenta e cacetetes.
“O episódio evidencia, por um lado, a aversão ao diálogo por parte do Estado e, por outro, a situação limítrofe em que se encontra a categoria. São ações que se seguem a uma escalada de ataques a servidores(as) que já trabalham em condições de miséria, com 47 meses de parcelamento salarial e cinco anos de contracheques congelados.”, afirma o sindicato da categoria.
A greve dos professores estaduais continua. Em todo o estado, já são 1556 escolas envolvidas na greve da educação. Destas, 788 seguem totalmente paradas. Os dados são da apuração realizada no dia 27. A Assufrgs Sindicato reforça a importância desse movimento histórico dos professores estaduais do RS, que configuram um norte a ser seguido por nossa categoria em defesa da educação pública de qualidade e pela valorização dos trabalhadores da educação. Confira a posição oficial da Assufrgs sobre a greve dos servidores estaduais.
Segundo dia de paralisação teve importante diálogo sobre unidade
O segundo dia de paralisação dos TAEs na UFRGS, UFCSPA e IFRS (27/11) teve importante presença da categoria nos painéis sobre autonomia e financiamento da universidade pública, realizados pela UFRGS, em comemoração aos 85 anos da universidade. Foram dois painéis ao longo do dia. Pela manhã, na Sala 2 do Salão de Atos da UFRGS, estiveram reunidas as entidades nacionais que representam os seguimentos da comunidade universitária: ANPG, UNE, FASUBRA, ANDES e PROIFES. Bernadete Menezes, representou a federação da categoria e fez uma importante fala sobre a necessidade de unidade dos trabalhadores para barrar as medidas impostas pelo atual governo federal. Confira abaixo a intervenção:
Na parte da tarde, o painel foi realizado no Centro Cultural da UFRGS e teve como foco as entidades locais. Participaram da mesa a ASSUFRGS Sindicato, o ANDES, a APG, o DCE UFRGS e a ADUFRGS. Marine Quadros, representou a Coordenação da Assufrgs. Em sua fala foi destacada a necessidade de apoiar a greve dos professores estaduais e a importância de avançar na paridade e democracia interna dentro da UFRGS, como forma de defender a autonomia universitária. Confira:
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