PROFESSORES ESTADUAIS: DIGNIDADE, COMPROMISSO E SOBREVIVÊNCIA
Quem de nós não lembra de uma professora ou de um professor que marcou nossas vidas, que nos fez gostar mais de uma área do conhecimento do que de outra, que nos fez decidir continuar estudando para ser um profissional desta ou daquela área?
Mas quem lembra desde quando os governos estaduais resolveram que o problema das contas públicas era o salário dos servidores públicos estaduais, vamos nos deter no salário dos professores, das professoras e demais trabalhadores e trabalhadoras das escolas estaduais?
Vamos relembrar:
- em julho/2015 José Sartori parcelou pela primeira vez o salário;
- em agosto/2015 continuou com o parcelamento;
- garantiu o pagamento integral por seis meses;
- a partir de fevereiro/2016 até o final de seu mandato manteve o parcelamento dos salários;
- durante a campanha o atual governador Eduardo Leite afirmou que começaria a pagar os salários sem parcelamento;
- desde a sua posse até os dias de hoje, os salários continuam sendo parcelados.
São 49 meses recebendo salários parcelados, no inicio vários foram sobrevivendo com empréstimos de familiares, de amigos e endividamento em instituições financeiras, começou a faltar dinheiro para o aluguel, para as prestações, para roupas, para lazer, mas agora o ataque do governo atingiu um limite em que não basta a coragem, o exemplo de luta, a dignidade da sobrevivência apesar do desrespeito, agora não basta apoiarmos a luta nas redes sociais e nem mesmo nos atos, agora as professoras, os professores, os funcionários e as funcionárias precisam de apoio com alimentos e dinheiro.
Com certeza, nenhum de nós tem a dimensão do ataque à dignidade que é o parcelamento de salários e sabem por que? Porque nenhum de nós recebe salário parcelado.
A HORA DE RECONHECER O TRABALHO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO É AGORA, A HORA DE APOIAR É AGORA, E APOIO SE FAZ NAS REDES SOCIAIS, NAS CONVERSAS, NOS ATOS, MAS TAMBÉM ATRAVÉS DA PARTICIPAÇÃO NAS CAMPANHAS DE ARRECADAÇÃO DO CPERS: