IFRS cria GT para discutir recuperação do calendário acadêmico

Através da Portaria 298/2020, a reitoria do IFRS cria um Grupo de Trabalho para elaborar a proposta de retomada e recuperação do calendário acadêmico 2020. O grupo é composto por representantes de diversas instâncias da instituição, dos segmentos Técnico-Administrativos em Educação, docentes e estudantes.

A primeira reunião ocorreu neste dia 07 de abril. O encontro, realizado por vídeo conferência, pontuou como se dará o trabalho do GT daqui para frente. O objetivo será estudar estratégias para retomada das atividades letivas, ouvindo os membros da comunidade, de forma que não prejudique os conteúdos.

A Assufrgs Sindicato convoca os colegas TAEs do IFRS para que enviem sugestões para a recuperação do calendário acadêmico. As propostas serão repassadas ao GT. As mensagens podem ser encaminhadas para o e-mail: secretaria@assufrgs.org.br

Entre os apontamentos da primeira reunião do GT esteve a confirmação de que o IFRS não adotará o sistema EAD durante o período de distanciamento social, garantindo que o acesso as ferramentas virtuais não seja exclusividade de um pequeno grupo. Outra questão é a confluência dos calendários da graduação e do ensino médio, e das atividades de pesquisa e extensão. Para isso, será necessário encontrar uma forma que não cause problemas para os trabalhadores, que se dividem entre as atividades e modalidades de ensino, podendo sofrer com a sobrecarga no retorno. O assunto segue em debate.

A representante da Assufrgs no GT, Marlise Paz, afirma que existe uma preocupação em relação ao Ensino à Distância, se ele seria a melhor e única opção . “Evidenciar o EAD tem um peso político que temos que analisar. Hoje existe no país fundações como Lemman e grupos de empresários da área da educação, que visam obter lucros estratosféricos. O governo, por sua vez, diminuiu o investimento em educação pública de qualidade, apontando exatamente a educação à distância como uma solução diante dos cortes de investimento e problemas de acesso ao ensino público. Será que implementar o EAD como única saída é a melhor solução? Teríamos condições de proporcionar acesso equânime à todas e todos estudantes?”, pondera Marlise. Da rede federal de ensino, aproximadamente 26 IFs já se posicionaram pela não utilização das plataformas EAD, 6 utilizarão EAD durante distanciamento social e as demais não se posicionaram.

A próxima reunião do GT do IFRS ainda não tem data marcada. A proposta é que o grupo se reúna periodicamente e conforme alterações no cenário de combate à COVID-19.