Mês da Luta e do Orgulho LGBTQI+: ASSUFRGS pinta a logo com as cores do movimento
Em homenagem ao mês da Luta e do Orgulho LGBTQI+ a ASSUFRGS Sindicato pinta a sua logo com as cores do movimento.
O mês de junho é assim lembrado devido ao ato de resistência à repressão policial contra homossexuais, no bar Stonewall Inn em Nova York, nos EUA, há 51 anos, mais precisamente em 28 de junho de 1969.
Gays, lésbicas, transexuais e drag queens que frequentavam o bar decidiram que não aceitariam mais sofrer abuso policial. Diferentemente do que acontecia normalmente, eles não fugiram e encurralaram a polícia. Treze pessoas acabaram presas, o que só fez acirrar os protestos, que duraram cinco dias.
A partir de então, o movimento LGBTQI+ se consolidou e ganhou força nos Estados Unidos e no mundo. Não à toa, junho é o mês da maioria das Paradas do Orgulho LGBTQI+ ao redor do mundo.
Este é o momento de celebrar as vitórias deste movimento internacional. Nos anos 60, ser homosexual era classificado como uma doença mental nos Estados Unidos. No Reino Unido, era crime. A Organização Mundial de Saúde desconsiderou a homossexualidade como doença (chamada de “homossexualismo”) apenas em 1990; a transexualidade, em 2019.
No Brasil, devido à Ditadura Militar, o movimento homossexual, articulado, iniciou com mais força a partir dos anos 70. Desde lá muito foi conquistado, como a criminalização da descriminação por orientação sexual e identidade de gênero, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o uso do nome social. Confira a linha do tempo das conquistas internacionais e nacionais do movimento LGBTQI+ -> https://www.brasildefato.com.br/especiais/50-anos-de-stonewall
Sabemos que ainda temos muito para enfrentar. Segundo o Grupo Gay da Bahia, que compila dados sobre assassinatos de homossexuais, a cada 26 horas um LGBTQI+ é assassinado ou se suicida vítima da LGBTfobia, o que confirma o Brasil como campeão mundial de crimes contra as minorias sexuais. Segundo agências internacionais de direitos humanos, matam-se muitíssimo mais homossexuais e transexuais no Brasil do que nos 13 países do Oriente e África onde persiste a pena de morte contra tal seguimento da população. Mais da metade dos LGBT assassinados no mundo ocorrem no Brasil (WAREHAM, 2020).
A luta não deve parar!