ASSUFRGS AO VIVO debate Democracia na Universidade.
Nesta quinta-feira (25) a ASSUFRGS Sindicato realizou mais uma transmissão AO VIVO. Desta vez o debateu foi “Democracia na Universidade”, com as participação de Antonio Neto, Coordenador Geral da FASUBRA, Tirza Drumond, Coordenadora Geral do DCE da UFRGS e Jorge Quillfeldt, do Departamento de Biofísica da UFRGS. Berna Menezes, Coordenadora Geral da ASSUFRGS, mediou o debate.
O Coordenador da Fasubra ressaltou a importância dos Técnico-Administrativos para a construção de uma universidade realmente democrática. “A democracia não está centrada apenas na escolha dos dirigentes. A universidade pública que conhecemos hoje, não é a universidade do passado. Nós TAEs, que entramos no inicio da formação de muitas universidades, temos um projeto que pensa numa carreira do serviço público, pensando na disputa dos postos internos na universidade. Muitos TAEs viraram docentes, pelo grau de formação do nível superior. É inadmissível achar que os TAEs não conseguem pensar em uma universidade pública. Porém, o debate é mais amplo diante dessa conjuntura. Estamos diante de um inimigo que quer destruir a universidade pública.”, pondera Toninho.
O professor Quillfeldt lembra que “a concepção de democracia no ocidente é a democracia eleitoral. Mas não é verdade. Numa sociedade de classes não existe democracia. O debate da democracia na universidade é interessante. As universidades são instituições muito antigas, criadas pelos estudantes. Eles que contratavam e demitiam os professores. Apesar de ter mudado muito ainda é uma instituição que depende do amor à camiseta. Só tem sucesso se todos os integrantes amam a instituição por serem acolhidos, respeitados e ouvidos. Um dos fatores que é obstáculo para isso é o processo eleitoral, especialmente desde 1996.”, finaliza.
Para a Coordenadora do DCE da UFRGS a falta de democracia na universidade tem objetivo claro: “É um espaço que serve para a manutenção do sistema em que vive essa sociedade, capitalista e burguesa. Uma manutenção de uma ideologia liberal e capitalista. Privar os TAEs e estudantes, negando espaço aos terceirizados, é exatamente um projeto para consolidar o entendimento do que é uma universidade dentro dos moldes capitalistas, com ensino cada vez mais tecnicista, nada emancipador, uma pesquisa voltada pro mercado e não para necessidades reais da classe trabalhadora. Entender a própria extensão como forma de comunicação com a comunidade, dentro dessa caminhada para um projeto de universidade. Precisamos pensar um projeto de universidade, para sair da esfera de resistência.”
Confira a íntegra do debate:
ASSUFRGS NA TUA CASA – AO VIVO – Democracia na Universidade