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Sessão do CEPE é suspensa e continua discussão sobre o ERE na sexta (24)

Na tarde desta quarta-feira (22) ocorreu a primeira parte da sessão do CEPE que avalia a proposta de ERE na UFRGS. O objetivo inicial desta sessão era a leitura dos pareceres de vista á proposta da administração. O texto original gerou diversas críticas da comunidade universitária. Um dos pareceres de vista que foram lidos na sessão do CEPE foi assinado por conselheiros dos três seguimentos – professores, estudantes e técnicos – confira aqui.

Como de costume, Rui Oppermann, “atropelou” a sessão desconsiderando falas de conselheiros, como questões de ordem e sugestões de encaminhamentos. Após a leitura dos pareceres de vista à proposta original do ERE, o praxe seria votar qual texto seria aprovado pelo conselho e após os destaques e alterações no parecer escolhido pelo CEPE. Porém, em uma manobra da administração, a comissão apresentou uma nova versão do texto, segundo ela, contemplando alguns dos apontamentos apresentados pelos pareceres divergentes. Conselheiros frisaram que mesmo com as ditas contemplações, o parecer divergente construído de forma unitária pelos seguimentos tinha uma concepção e visão divergente do texto original e por isso deveria ser discutido em sua totalidade. Foi sugerida ainda a necessidade de suspender a sessão em 48 horas, para que os conselheiros avaliassem com calma se os pontos recém apresentados pela comissão do texto original do ERE na UFRGS, realmente contemplavam os pareceres alternativos. A proposta foi negada pela reitoria.

A mesa deu sequência à sessão colocando em votação os artigos que não foram modificados pela comissão e nem tiveram pedido de destaques pelos conselheiros. Segundo a presidência do CEPE, esse pacote de artigos seria “consenso no conselho”, o que foi desmentido em diversas questões de ordem. Após a votação, que acabou aprovando este pacote de artigos, viria o momento de debate dos destaques aos demais artigos e inclusão de alterações no texto. Porém, Oppermann de maneira arbitrária e desmentindo a sua decisão de não dar mais tempo para que os conselheiros estudassem as novidades contempladas pela comissão, adiou a sessão para sexta-feira.

A manobra da administração da UFRGS acabou aprovando uma grande parcela de artigos do texto original do ERE na universidade, negou a discussão do parecer de vistas construído pela comunidade e impediu que os conselheiros pudessem analisar com calma se os pontos acrescentados ao texto original, durante a sessão, realmente contemplavam os principais apontamentos destes pareceres alternativos.

Ressaltamos ainda que a forma com que a Reitoria conduziu a sessão desta quarta-feira, comprova que a atual gestão é autoritária, não leva em conta as opiniões dos técnicos e estudantes e utiliza de manobras, com entendimentos próprios sobre os regramentos dos conselhos da UFRGS. Apontamos ainda a fala da vice-reitora, Jane Tutikian, no início da sessão. Ao mesmo tempo em que a professora expressava respeito e democracia, estava sendo extremamente desrespeitosa com os professores, estudantes e técnicos que foram eleitos para integrar o CEPE e portanto têm direito de expressarem suas propostas e divergências.

A sessão do CEPE continua a debater o ERE, na próxima sexta-feira, dia 24, às 14h.