Reitoria da UFCSPA informa que a IN 65 não é prioridade e que retorno presencial só ocorrerá quando for seguro
No dia 26 de agosto, reuniram-se os coordenadores da ASSUFRGS Frederico Bartz e Rafael Berbigier, os técnicos Andréia Duprat, Fernanda Côrte Real e Luciano Flores, a Reitora da UFCSPA Lucia Pellanda e a Pró-reitora de Gestão com Pessoas, Ana Vazquez e Fernando Gavron. No encontro foram discutidas questões acerca da IN 65, da reforma administrativa, dos cortes do orçamento e da retomada do trabalho presencial quando possível.
Os coordenadores ressaltaram a necessidade de debate sobre a IN 65, já que ela poderia acarretar diversos problemas como a precarização das relações de trabalho e buscando também impor um viés autocrático, verticalizado, de visão de gestão de pessoas. A Reitora e a Pró-reitora relataram que a universidade tem uma série de demandas a atender nesse período e que a falta de pessoal prejudica a implantação de algumas medidas, sendo assim o debate sobre a IN e sua adesão ainda não foram discutidos e não são considerados prioridades. Afirmou-se que o FORGEPE e a Andifes procuram pressionar e questionar a respeito das normativas que atingem os servidores. Os coordenadores trataram de pontos da reforma administrativa e do prejuízo advindos dos cortes para as IFES. A reitora explicou que a UFCSPA tomou medidas para economizar e que o maior problema da universidade seria a escassez de servidores e a dificuldade de se obter novas vagas.
Sobre a retomada das atividades, os coordenadores e os técnicos expuseram suas preocupações sobre o planejamento e os protocolos necessários para o retorno ao trabalho presencial a fim de evitar contágios e de se preservar a vida e a saúde de todos. A reitora afirmou veementemente que a UFCSPA está estudando as medidas que devem ser adotadas, como o fornecimento de EPIs e a parceria com a Santa Casa para realizar testes. A Reitora Lucia Pellanda declarou que a UFCSPA, por ser da área da saúde, deve se empenhar ainda mais para evitar a circulação de alunos e de servidores. A Reitoria, ao afirmar que a Vida é a prioridade, mencionou que muito provavelmente a UFCSPA será a última Universidade do estado a retornar às atividades presenciais, pois, além de ser um instituição da educação com foco na área da saúde, está localizada ao lado de complexo hospitalar.
Sobre as bandeiras, foi questionada a posição da reitoria, pois sabe-se da pressão que sofrem os governantes na determinação desse tipo de classificação. A reitora falou que a universidade deve obedecer a bandeira enquanto for restritiva, e, quando houver alteração, o funcionamento das atividades dependerá da análise da instituição e do seu comitê. Além disso, foi categórica em afirmar que não haverá retorno de atividades presenciais com bandeira vermelha e que os servidores do grupo de risco não devem voltar enquanto houver riscos. A pró-reitora falou sobre o mapa de saúde e que a prioridade é o trabalho saudável.
Os técnicos expressaram que deve haver melhora na comunicação institucional e que a categoria deve ser mais consultada na busca de construção coletiva de decisões. Os presentes no encontro se dispuseram a manter o diálogo e colaborar em campanhas e ações que busquem valorizar a universidade pública e seus servidores.