Carta aberta questiona as privatizações de patrimônio Público
O atual cenário de crise econômica e sanitária que o país atravessa tem evidenciado ainda mais a importância do patrimônio e do serviço público. Uma Carta Aberta assinada por dezenas de entidades da sociedade civil, questiona o processo de entrega do patrimônio público estratégico e lucrativo. Estão na mira da privatização refinarias da Petrobrás, Correios, Banco do Brasil, Serpro, Casa da Moeda e Dataprev.
O documento dirigido ao Ministro da Economia Paulo Guedes destaca que a entrega do patrimônio público se dá por completa falta de justificativas minimamente aceitáveis para isso.
STF analisa possibilidade da venda das refinarias da Petrobrás
O Supremo Tribunal Federal – STF retomou nesta quarta-feira (30) a votação sobre a análise em plenário de ação que discute a possibilidade de venda de refinarias pela Petrobras sem aprovação legislativa. O resultado do julgamento deve impactar diretamente os trabalhadores que hoje estão na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. Ao todo 08 das 13 refinarias da Petrobrás estão na mira da privatização. Abaixo destacamos trecho da Carta Aberta sobre o tema:
“As privatizações e a consequente desintegração da Petrobras estão na contramão da tendência da indústria internacional e da crescente relevância das companhias petrolíferas estatais.
As estatais já são 19, entre as 25 maiores empresas de petróleo e gás natural, controlando 90% das reservas e 75% das produções mundiais.
As vendas de ativos da Petrobrás não se justificam pela redução do endividamento e estão em contradição com o aumento da integração vertical e da internacionalização das companhias de petróleo, inclusive as estatais.
O que pode ser atribuída à venda de ativos limitou-se a 25,65% da redução da dívida líquida, entre o final de 2014 e o final de 2018. Cerca de três quartos (74,35%) desta redução teve origem na geração operacional de caixa da Petrobrás.
O somatório do lucro operacional do Abastecimento da Petrobrás nos anos de 2015, 2016 e 2017 registrou US$ 23,7 bilhões, em valores corrigidos para 2018, enquanto o E&P (exploração/produção) obteve US$ 9,4 bilhões no mesmo período, quando o preço do petróleo médio foi de US$ 52,68 por barril.
As privatizações de refinarias, terminais, dutos e da distribuidora trazem prejuízos muito mais graves à resiliência e mesmo à sobrevivência da Petrobrás do que presumíveis benefícios pela redução dos gastos com juros, decorrentes da antecipação da redução da dívida.”
A ASSUFRGS solicita aos colegas da categoria apoio de todos(as) para reforçarmos a ação conjunta de questionamento ao Ministro Paulo Guedes sobre as privatizações, conforme a Carta Aberta (link acima)
Agora precisamos mostrar ao ministros(as) do STF que a sociedade está mobilizada contra as privatizações e reconhece a importância do patrimônio público para todos(as) os brasileiros(as).
Desta forma pedimos que retuítem a mensagem disponível em <https://bit.ly/33d8ifQ> e enviem a carta da ACD – Auditoria Cidadâ da Dívida disponível em <https://bit.ly/2EMuCDz> aos ministros(as) do STF conforme endereços de e-mails a seguir: https://bit.ly/33fVXHJ
É preciso barrar o desmonte de Bolsonaro/Guedes! Não à destruição da soberania do Brasil! Não às privatizações!
Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras