Pesquisa com a categoria indica que ainda não há segurança para retorno presencial na UFRGS, UFCSPA e IFRS
A ASSUFRGS Sindicato está realizando uma pesquisa junto à categoria de Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS, sobre o retorno presencial, quando possível. Para além da situação ainda grave da pandemia no país, os resultados preliminares já confirmam que neste momento ainda não há segurança para o retorno presencial das atividades.
Os números da pesquisa revelam que 68% de servidores técnicos não tomaram nenhuma dose de vacina; 62% afirmam desconhecer qualquer protocolo de segurança na instituição que trabalham e 75% da categoria acha que não é momento seguro de voltar.
A Coordenadora do Jurídico da ASSUFRGS, Maristela Piedade, faz uma leitura dos resultados da pesquisa junto à base. Confira abaixo. A pesquisa segue aberta para participação. Clique aqui!
O TRABALHO É MAIS ESSENCIAL QUE O TRABALHADOR?
*Por Maristela Piedade, Coordenação Jurídica da ASSUFRGS Sindicato
Desde quinta feira dia 20 de maio de 2021 a ASSUFRGS – Sindicato disponibilizou no seu site e em suas redes sociais uma sondagem para saber como a base da categoria de técnicos administrativos em educação se sente a respeito da volta presencial ainda que seja para atividades restritas.
Lembrando que as universidades públicas nunca estiveram completamente fechadas. Os servidores também continuaram prestando diversos serviços à comunidade, como os exames clínicos na Faculdade de Farmácia, que são feitos em convênio com o SUS.
Também foram mantidos pelos servidores serviços essenciais e atividades que não podem ser descontinuadas. Apesar disso, a reitoria aplicou a IN 28, retirando integral ou parcialmente o adicional de insalubridade devido a esses trabalhadores e trabalhadoras.
Chegamos a esse momento da pandemia registrando algo próximo a 450.000 vidas perdidas; de pais, filhos, amigos, companheiros e companheiras que não vão mais voltar para casa. A sondagem feita pela ASSUFRGS reflete a responsabilidade que os técnicos administrativos têm e o comprometimento com a vida própria e de outros. Portanto, 75% acham que não é hora de voltar ao atendimento presencial.
Temos 68% de servidores técnicos que não tomaram nenhuma dose de vacina, isto é, estariam arriscando sua vida e de suas famílias ao se expor por vários dias da semana. Estarão expostos ao transitar, seja no trajeto ou em seu local de trabalho.
Entre os técnicos existe a compreensão que um retorno nesse momento é muito preocupante. Segundo especialistas, a terceira onda de contaminação será ainda mais forte e letal e o isolamento social e a vacina são determinantes para acabar reduzir a contaminação e salvar milhares de pessoas da COVID-19.
Continuamos defendendo que apenas os serviços essenciais e as atividades que não podem ser descontinuadas devem funcionar. As atividades, que por ventura voltarem, devem realmente ser de uma maneira restrita, com controle rigoroso de entrada de pessoas dentro dos campi e dentro dos prédios, obrigatoriedade de medição de temperatura com termômetro infravermelho, tapetes sanitizantes na entrada de cada prédio, disponibilização de ampla de álcool gel e máscaras descartáveis.
É imprescindível que haja um protocolo disponibilizado a todos docente, técnicos administrativos, estudantes e terceirizados, já que 62% afirmam desconhecer qualquer protocolo de segurança para o retorno das atividades presenciais.
A universidade ou qualquer outra instituição pública ou privada não deve retomar qualquer que seja a atividade se não pode respeitar a vida de TODES. Nada é mais importante e insubstituível que a vida. É preciso esperar por um retorno seguro.