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Alunos da UFRGS protestam contra desligamento de 195 estudantes; ASSUFRGS marca presença

Ocorreu na manhã desta segunda-feira (07) um ato em frente à reitoria da UFRGS contra a decisão arbitrária da reitoria da universidade de desligar 195 estudantes que tinham matrícula provisória na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O ato foi um chamado do DCE e contou com a presença da ASSUFRGS Sindicato.

Por volta das 11h30min, cerca de cem pessoas estavam reunidas no local. O grupo entregou um documento com reivindicações a Paulo Mayorga, chefe de gabinete da Reitoria da universidade. No documento, os alunos pedem a extensão do prazo para análise da documentação e definição, no edital, do período necessário para o retorno sobre efetivação da matrícula. Usando máscara e agitando bandeiras, eles cantaram músicas com dizeres como “Eu sou cotista, quero estudar”.

A ASSUFRGS Sindicato apoia a luta dos estudantes cotistas e denuncia mais este absurdo da atual administração interventora da Carlos Bulhões. Defendemos, junto com o DCE, que se abra canal de diálogo com cada estudante para oferecer uma tentativa de solução para os problemas de documentações. Além disso, a conselheira do CAF e coordenadora da ASSUFRGS, Tamyres Filgueira, junto com os demais conselheiros, pediu explicações sobre o assunto.

Coordenadores da ASSUFRGS, Tamyres Filgueira e Ricardo Souza, participaram do ato contra o desligamento de alunos cotistas da UFRGS.

Os alunos denunciam que há dificuldade na comunicação com a universidade e argumentam que muitos dos prejudicados não conseguiram ter acesso à notificação, já que cai em caixas de spam do e-mail ou ficam disponíveis no portal da UFRGS, “acumulando com outras demandas dos estudantes”.

“Eles abrem prazos curtos e, muitas vezes, os alunos não conseguem pegar os documentos em tempo hábil. Além disso, é difícil falar com a universidade, tanto por telefone quanto por e-mail. Nós não queremos a incorporação de todo mundo, até porque existem casos de fraudes, mas defendemos mais prazo para que os estudantes consigam se regularizar”, afirmou a estudante Victória Farias, integrante do Grupo de Trabalho de Matrículas do DCE, em entrevista à Gaúcha ZH.

Em nota, o DCE destacou que é “importante lembrar que estamos em meio a uma pandemia e a comunidade acadêmica também está mergulhada no drama social com milhares de mortes diárias por covid-19, afetando a capacidade dos estudantes de providenciar documentações e acompanhar as demandas do processo de matrícula. Destacamos que se trata de um problema que afeta estudantes cotistas e a principal consequência é a expulsão de jovens favorecidos pelas políticas de ações afirmativas que popularizam o perfil da nossa universidade.”

Com informações do DCE UFRGS e Gaúcha ZH

Foto em destaque: Félix Zuco – Agência RBS