Em defesa da vacinação da comunidade das Instituições de Ensino e retorno presencial só com imunidade completa
A vacinação está avançando na sociedade, alguns governadores já indicam a imunização da população para o mês de outubro ou novembro, e nesse mês as instituições superiores de ensino foram incluídas no calendário de vacinação da cidade de Porto Alegre. Em alguns Campi dos Institutos Federais a vacinação já iniciou, o Campus Litoral Norte da UFRGS também. Na UFCSPA ocorre nesta sexta-feira e demais campis da UFRGS será na próxima semana (a partir de 15/6).
É importante ressaltar que o avanço da vacinação está ocorrendo A DESPEITO dos esforços do Governo Federal. O Presidente Jair Bolsonaro, nesse mais de um ano de pandemia, tem tomado diversas decisões para atrasar o processo de imunização, apostando em uma absurda imunidade de rebanho. A vacinação hoje está avançando em grande medida por conta da pressão do movimento social, de partidos, sindicatos e outras organizações populares. A enorme mobilização do dia 29, que tinha como principal bandeira “vacina no braço, comida no prato” com milhares de pessoas nas ruas, foi elemento muito importante para pressionar o avanço da vacinação.
Isso pode ser estendido para nossa realidade local. O início da vacinação na UFRGS e na UFCSPA, e IFRS também, é fruto de nossa pressão diária, a partir da ação cotidiana da Assufrgs e dos representantes da categoria nos Conselhos Superiores, no Comitê Covid e outros espaços, bem como das demais entidades representativas como DCE, APG e ANDES, como elemento de pressão para o início da vacinação.
O início deste processo não pode de forma alguma ser vinculado à retomada do trabalho presencial, este só deve ser retomado após a imunização completa com as duas doses dos trabalhadores, sejam TAEs, Docentes, Terceirizados e Estudantes Bolsistas em atividade presencial, bem como a imunidade de 70% da população em geral. Já foi deliberado pelos CEPE da UFRGS que o próximo semestre será realizado na modalidade de Ensino Remoto Emergencial (ERE). Dado seu caráter excepcional deverá ser retomar as aulas presenciais assim que superada a crise pandêmica.