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Movimentos sociais organizam Plebiscito Popular contra privatizações no RS

Centrais sindicais, movimentos sociais, frentes populares, lideranças de partidos políticos e outras entidades representativas reuniram-se virtualmente na noite da última quarta-feira (14 de julho) para lançar o Comitê do Plebiscito Popular no Rio Grande do Sul. No ato de lançamento, que aconteceu por meio da plataforma Zoom, estiveram presentes mais de 400 participantes.

A ideia dos organizadores é realizar na primavera de 2021 um plebiscito popular sobre as privatizações de serviços essenciais e estratégicos para o desenvolvimento social e econômico do Estado. No plebiscito, as 497 cidades do estado serão divididas entre 28 comitês regionais. O objetivo é coletar o maior número de votos possível de gaúchos e gaúchas opinando sobre as privatizações.

Plebiscito popular é resposta à PEC que retirou a obrigação de plebiscito para venda do Banrisul e da Corsan

O estopim para o início das conversas sobre o plebiscito popular foi o recente rompimento de palavra do governador Eduardo Leite (PSDB). Nas eleições de 2018, o então candidato prometeu que não privatizaria Corsan e Banrisul. No governo, contudo, há pouco mais de um mês, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 280 foi aprovada, retirando a necessidade de realizar plebiscito para vender Procergs, Corsan e Banrisul. Antes, os deputados governistas já haviam aprovado o fim da consulta popular para a venda da CEEE, CRM e Sulgás. Os trabalhadores gaúchos sabem que a privatização não é o caminho, por isso alteram a lei para que o povo não se pronuncie sobre o desmonte.

Leite encontra no Governo Federal respaldo para ampliar sua política de privatização no RS. Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, encaminham uma vasta agenda de privatizações, “passando a boiada” no patrimônio público. Venda de refinarias da Petrobras, liquidação da Ceitec, aprovação da venda da Eletrobras no Congresso, projeto de privatização dos Correios, desmonte da Caixa e privatização do Trensurb são alguns exemplos.

Localmente, em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo (MDB) já anunciou a intenção de se desfazer da Carris, e dá sinais de que fará o mesmo com DMAE e Procempa.

Juntos, Leite, Melo e Bolsonaro irão destruir os serviços públicos que atendem a população gaúcha. ASSUFRGS Sindicato apoia a construção do plebiscito popular no RS e chama a categoria dos TAEs da UFRGS, UFCSPA e IFRS para somar à luta contra as privatizações nas três esferas!

Participe do manifesto

Um manifesto, convidando a população gaúcha a somar-se à iniciativa, também já está publicado na internet para a coleta de assinaturas de apoio. ( https://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/54117 )

Com informações de Caio Venâncio/Imprensa SindBancários