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CONSUN UFRGS aprova indicar ao MEC a destituição da chapa Bulhões/Pranke

Em sessão extraordinária, nesta sexta-feira (13), o Conselho Universitário da UFRGS aprovou uma decisão histórica. O órgão máximo de deliberação da universidade decidiu que será encaminhado ao MEC a indicação de destituição da atual reitoria. Composta pelos professores Carlos Bulhões e Patricia Pranke, a gestão vem administrando a universidade sem respeitar as decisões do Conselho Universitário, ferindo o estatuto da UFRGS.

A decisão foi aprovada por ampla maioria. Foram 59 votos favoráveis e apenas 7 votos contrários, com 5 abstenções. Esta é uma mensagem clara da comunidade acadêmica da UFRGS, contra a intervenção de Jair Bolsonaro na universidade. A chapa Bulhões/Pranke foi a menos votada na consulta à comunidade na última eleição para a reitoria e estava como última opção da lista tríplice eleita pelo CONSUN à época. Desde que assumiu, Bulhões vem tomando medidas sem o aval do conselho, como determina o estatuto da universidade. A mais grave delas foi uma Reforma Administrativa que criou e aglomerou pró-reitorias. O Conselho determinou a suspensão das medidas, o que foi feito apenas parcialmente, e fora do prazo estipulado.

A decisão do CONSUN foi referendada por inúmeros conselhos de unidade, que também aprovaram a destituição da atual reitoria. Entre elas estão a Faculdade de Educação, IGEO, ESEFID, IPH, ICBS, Agronomia, Instituto de Psicologia, Instituto de Letras, Fabico, Arquitetura, Escola de Engenharia, Instituto de Física, entre outras.

Também foi aprovado em plenário na sessão do CONSUN desta sexta (13) a criação de uma Comissão Paritária para acompanhar o processo de envio da indicação de destituição da atual reitoria ao Ministério da Educação. A criação da comissão de acompanhamento foi aprovada por 52 votos a favor, 9 contrários e 1 abstenção.

A ASSUFRGS Sindicato parabeniza os conselheiros da universidade! De forma serena, clara de suas responsabilidades, o CONSUN UFRGS defendeu com esta decisão a autonomia universitária, a democracia interna, o estatuto da UFRGS e o projeto de educação pública, gratuita e de qualidade! O Sindicato dos Técnico-Administrativos em Educação fará pressão para que o MEC respeite a decisão da comunidade da UFRGS e destitua a atual reitoria.