Destituição da reitoria interventora é passo importante na luta pela democracia e autonomia universitária

A ASSUFRGS, Sindicato dos Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, parabeniza a comunidade acadêmica da UFRGS, que através de seus representantes no Conselho Universitário da universidade aprovou por ampla maioria a destituição da atual Reitoria.

A decisão do CONSUN é um passo acertado rumo à retomada do respeito ao estatuto da universidade, e para estabelecer a democracia interna na UFRGS. A chapa Bulhões/Pranke assumiu sem legitimidade a Reitoria, por ter sido a última colocada na consulta à comunidade e na lista tríplice indicada pelo CONSUN. Além disso, Bulhões vem administrando a universidade de maneira alheia à sua comunidade e ao estatuto, não acatando as decisões definidas pelo plenário do Conselho Universitário, órgão máximo deliberativo da instituição de ensino.

A vitória esmagadora pela indicação de destituição de Bulhões e Pranke, com 59 votos a favor e apenas 7 contrários, com 5 abstenções, é outro indicativo positivo deste processo. Mostra que a comunidade universitária está unida contra a intervenção do Governo Federal. Também demonstra a necessidade urgente de avançar na luta histórica pela consulta paritária para a reitoria, com peso igual para os três segmentos (estudantes, técnicos e docentes). A insistência de manter a antidemocrática divisão de pesos de 70/15/15, tem perpetuado a falta de legitimidade dos processos de eleição para reitoria. A falta de paridade fragiliza a nossa instituição.

É hora da comunidade da UFRGS enfrentar a discussão da paridade, como forma de fortalecer a democracia interna na UFRGS e impedir que novos interventores ou administrações sem real legitimidade assumam a gestão da universidade. O resultado histórico da sessão do CONSUN desta sexta-feira, 13 de agosto, comprova que a união dos trabalhadores e estudantes é o caminho para uma UFRGS fortalecida!

A ASSUFRGS evidencia que a luta não acabou. Após a entrega da indicação da destituição da atual Reitoria da UFRGS, caberá a esta comunidade, através do CONSUN e dos sindicatos, diretórios acadêmicos, movimentos sociais e direções de unidade, travar uma forte luta para pressionar que o MEC encaminhe a vontade da UFRGS. Caberá à universidade e sua comunidade, ter responsabilidade, altivez e serenidade para que após a destituição, caso seja efetivada como exigimos, se tenha um processo de escolha da nova reitoria, de forma realmente democrática e paritária.