Marcha Zumbi Dandara reúne milhares nas ruas de Porto Alegre contra genocídio do povo negro e pelo Fora Bolsonaro

Neste sábado (20) ocorreu a Marcha Independente Zumbi Dandara que levou milhares às ruas de Porto Alegre no Dia Nacional da Consciência Negra. Antes da caminhada unitária, comunidade Negra da UFRGS marchou nas ruas do centro, no trajeto do Campus Centro da universidade ao Mercado Público. Atividade ocorreu após a foto das Negras e Negros da UFRGS. Saiba mais aqui.

Lideranças políticas, em especial da bancada negra de Porto Alegre, sindicais e de movimentos sociais participaram do grande ato na capital gaúcha, que teve concentração em frente à Prefeitura de Porto Alegre e encerrou no largo Zumbi dos Palmares.

Além da pauta racial, a mobilização teve como bandeira a situação da fome e do desemprego, proporcionados pelo governo de Jair Bolsonaro. “Por conta da política genocida de Bolsonaro, teve aumento no preço dos alimentos. Mais da metade da população está vivendo uma realidade de insegurança alimentar, não tem garantia de quantas refeições vão fazer no dia. É um absurdo! Sabemos que é o povo negro o mais prejudicado por esta política! Hoje é dia de protesto, mas também de muita festa, muita troca e de fortalecimento do povo negro!”, pontuou Tamyres Filgueira, Coordenadora-geral da ASSUFRGS Sindicato, que também participou da organização da Marcha Zumbi Dandara.

Durante a marcha foram lembrados nomes importantes como de Marielle Franco e João Alberto Freitas, o Beto, brutalmente assassinado no supermercado Carrefour na Zona Norte de Porto Alegre, há exato um ano. Artistas usando uma máscara com o rosto de Bolsonaro, performaram atrás de grades, sinalizando a prisão do presidente pelos seus crimes contra a humanidade. Estudantes realizaram um protesto, onde queimaram uma foto do presidente, a depositando em uma caixa onde estava escríto “Lata do Lixo da História.”

Entre as palavras de ordem cantadas pela multidão estavam cantos como “Acabou o amor, isso aqui vai virar Palmares!” “Fora Bolsonaro, racista” “Povo Negro unido, povo negro forte!”, entre outros. Uma banda animou a marcha cantando e tocando samba, em cima do carro de som.

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