Fórum Social Mundial Justiça e Democracia ocorre de 26 a 30 de janeiro em Porto Alegre
Passados 21 anos da primeira edição do Fórum Social Mundial, Porto Alegre assume novamente um papel de vanguarda ao receber o Fórum Social Mundial sobre Justiça e Democracia (FSMJD), entre os dias 26 a 30 de janeiro. O evento será um espaço para fazer frente aos constantes ataques ao Estado Democrático de Direito que assolam o Brasil, a América Latina, e outras partes do mundo. Ocorrerá paralelamente às atividades do Fórum Social das Resistências, evento que iniciou em 2017, também em Porto Alegre, e que também faz parte do FSM. Este ano, o FSM será realizado no mês de maio, na Cidade do México.
O FSM Justiça e Democracia reunirá debates em torno de cinco eixos temáticos: “Capitalismo e Desigualdades”, “Democracia e as Forças Sociais”, “Comunicação e Tecnologias”, “Direitos de Grupos Vulnerabilizados” e “Cultura”. Com mais de 70 atividades inscritas, cada organização ou rede de organizações sociais participantes será responsável pela realização autogestionada de suas atividades. Entidades interessadas em participar têm até o próximo domingo (9), para se inscrever, preenchendo o formulário no site www.fsmjd.org, sob o custo de R$100,00.
O Fórum é uma iniciativa de associações e coletivos jurídicos, movimentos sociais e entidades progressistas das áreas da Justiça e da Democracia. Entre elas estão: Transforma MP, Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABDJ), Associação de Advogadas e Advogados Públicos pela Democracia, Associação Juízes para a Democracia (AJD), Coletivo Defensoras e Defensores Públicos pela Democracia e Movimento Policiais Antifascismo (PAF).
Agenda já confirmada
No primeiro dia, o FSMJD realizará uma marcha de abertura a parir das 15 horas do dia 26 de janeiro com eixo principal o “Fora Bolsonaro!”. Além disso, haverá uma mesa especial com vítimas dos sistemas de justiça, na qual já foram confirmados os seguintes nomes: Luiz Inácio Lula da Silva (ex-presidente do Brasil), Fernanda Kaigang (indígena brasileira), Marinete da Silva (mãe de Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro), Luis Nassif (jornalista vítima de assédio judicial) e Ana Paula Oliveira (Mãe de Manguinhos – movimento de familiares vítimas de violência policial no Rio de Janeiro).
Os servidores públicos, através do FONASEFE, anunciaram a construção de uma greve unitária e realização de uma plenária para definir o movimento paredista junto ao período de realização do FSMJD, em Porto Alegre. Além da PEC 32, conhecida como Reforma Administrativa, a recente aprovação da LOA 2022, que promete um reajuste seletivo apenas aos Policiais, mobilizaram o funcionalismo.
O FSMJD tem como objetivo promover uma reflexão sobre as diversas problemáticas e grupos sociais vulnerabilizados frente ao sistema de justiça atual e suas relações com as ameaças que pairam sobre a democracia no Brasil, na América Latina e em vários outros países.
Com informações de Brasil de Fato RS, FSMJD e SINASEFE