Onda de protestos de servidores aumenta e chega ao Banco Central
Nesta segunda feira (03), iniciou um novo protesto de servidores públicos contra a Lei Orçamentária de 2022, que concedeu reajuste apenas aos policiais. Servidores do Banco Central começaram a entregar os seus cargos de chefia. O movimento é similar ao desencadeado pelos fiscais da Receita Federal em dezembro.
São cerca de 500 cargos comissionados e segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central) está sendo organizado uma paralisação nacional no próximo dia 18, como forma de pressionar o governo a realizar o reajuste salarial dos servidores.
“Todo departamento do Banco Central tem uma função gerencial, composta por pessoas que têm caneta para gerenciar fluxo de trabalho. A ideia é que com essa entrega dos cargos, alguns serviços do banco fiquem paralisados”, explica Fábio Faiad, presidente do Sinal. Faiad também é vice-presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), que reúne diversos sindicatos representantes de funcionários públicos, 200 mil, ao todo, entre associados federais e estaduais. O Fonacate, representante da elite do funcionalismo, organiza paralisação nacional de todas as categorias federais vinculadas no dia 18 de janeiro.
Para tentar barrar o movimento, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto, nesta terça-feira (4), que eleva o salário das funções comissionadas dentro do Banco Central.
Junto a isso, o FONASEFE vem construindo uma greve unificada com várias outras entidades de servidores públicos, e é prevista ao final de janeiro uma Plenária Nacional do FONASEFE, durante o Fórum Social Mundial, que ocorre em Porto Alegre. FASUBRA também articula sindicatos de base para mobilizarem a categoria.
Fonte: Congresso em Foco e Estado de Minas