Plenária Nacional dos SPFs debate campanha salarial e pressão no Governo Federal
Nesta manhã do dia 27, o FONASEFE, junto com demais entidades sindicais, organizaram uma Plenária Nacional de servidores e servidoras públicos federais. O objetivo foi debater a campanha salarial que vem sendo construída desde dezembro de 2021, após a divulgação da nova lei orçamentária que prevê reajuste salarial para os servidores públicos federais, mas que Bolsonaro que destinar apenas para policiais.
A Plenária iniciou com o representante do FONACATE, Rudinei Marques, que elogiou o mês de janeiro como um ótimo mês de mobilização da categoria, “Em um mês nós conseguimos ocupar muito bem a mídia, e mesmo com todas as dificuldades, fizemos um ato forte no dia 18, que reuniu pessoas em frente ao Branco Central, pressionando o governo, que tentou até minimizar nossos esforços.”
A Coordenadora-Geral da ASSUFRGS Tamyres Filgueira se fez presente na plenária pontuando as dificuldades sociais que a pandemia agravou nesses últimos anos, onde o país voltou para o mapa da fome e a cada 4 segundos uma pessoa morre por causas relacionadas a desigualdade social. Com isso, Tamyres destacou que o papel do funcionalismo público foi essencial no atendimento e na prestação de serviços para a população mais pobre, que depende destes setores. “O SUS salvou vidas, muitos servidores deram a vida para salvar a população, então esse período que estamos passando, é um momento de reflexão, onde precisamos entender que o governo Bolsonaro tem um projeto consciente, que busca cada vez mais tirar a responsabilidade do estado de prover uma qualidade de vida, e isso passa pela questão do reajuste dos servidores pois defender o serviço público significa defender a manutenção de uma estrutura social.”
David Lobão, representante do FONASEFE, apresentou o documento protocolado no Ministério da Economia no dia 18 de janeiro, que comprova a reivindicação do reajuste salarial de 19,99%, arquivamento da PEC 32 e revogação da Emenda Constitucional 95. Lobão afirma que com isso esperam conseguir um canal de negociação com governo, o que não tem acontecido até o momento. Ele ainda pontua que atualmente a classe está no que chamam de primeira fase da campanha salarial. “A fase que nós precisamos fazer em todo o Brasil é a rodadas de assembleias, e eu faço um apelo a todas as entidades de base que temos no país afora, é preciso fazer assembleias de base nesse momento.”
Durante esse período de primeira fase, há duas atividades marcadas, esta plenária e outra no dia 02 de fevereiro, quando as entidades sindicais se reunirão em Brasília para discutir e conversar com os poderes públicos. O FONASEFE protocolou um pedido de audiência com os três poderes públicos para iniciar um processo negocial com as reivindicações dos servidores.
Lobão ainda ressalta que essa primeira etapa irá se fortalecer entre o dia 7 e 11 de fevereiro, onde ocorrerão plenárias estaduais em todo Brasil, para que seja construída, em cada estado, uma coordenação estadual da campanha salarial.
Se este primeiro momento não for suficiente, para que o governo se sente à mesa com a categoria dos servidores para negociar, se iniciará o segundo momento da campanha salarial. “Esse segundo momento é o que estamos chamando de Jornada de Luta em Estado de Greve, que vai do dia 14 a 25 de fevereiro”, afirmou.
Se nesses 15 dias o governo não atender as demandas e não dialogar com os servidores, haverá ainda a terceira etapa da campanha, um momento decisivo. Será a indicação da greve de todos os servidores públicos no dia 9 de março. “Nós precisamos fazer a maior greve da história dos servidores públicos federais do Brasil, nós estamos enfrentando um governo neofascista!”, pontua Lobão.
Rivania, representante do ANDES, também deu sua palavra na plenária, “O mês de fevereiro é para esse processo de mobilização, para que se inicie em março uma grande greve no nosso país em respeito dos serviços públicos, mais orçamento para as áreas prioritárias, revogação da Emenda Constitucional 95 e por realinhamento salarial frente a um processo amplo de carestia e de aumento da inflação que a gente tem vivenciado em nosso país juntamente com todo processo de destituição do serviço público. E é com esse tom que levamos o esperançar na luta, não o esperança que espera, mas o que faz acontecer, como já nos ensinava Paulo Freire!”
Toninho Alves, coordenador da FASUBRA, relembrou a assembleia que iniciou a campanha salarial, no dia 29 de dezembro, e ressaltou que esse governo tem como plano de fundo dois elementos centrais. “Primeiro a inversão do papel do estado no processo de divisão financeira do orçamento, menos verba para os setores da educação, ciência, tecnologia e serviços públicos, e mais verba para os órgãos de controle, exército e polícia federal. Setores esses que são a base do governo e que ele ainda pretende de segundo elemento, vislumbrar a possibilidade de um golpe caso não tenha êxito no processo eleitoral. Por isso ele precisa abraçar essas categorias que são o braço armado do estado.” O coordenador da FASUBRA ainda pontuou que, neste ano de eleições, essa mobilização pode ser o diferencial neste primeiro semestre para motivar todos os trabalhadores a ocuparem o seu lugar na rua e derrubar de uma vez por todas esse governo.
É hora de MOBILIZAR! A ASSUFRGS Sindicato convoca os servidores da UFRGS e IFRS para debater a mobilização da CAMPANHA SALARIAL dos SPFs e o indicativo de greve nacional previsto para o dia 09 de março. Ao final de fevereiro Assufrgs realizará nova Assembleia Geral para definir a adesão à data.
Fale com o representante sindical de sua unidade, ou solicite a reunião pelo e-mail: secretaria@assufrgs.org.br
A realização de reuniões nas unidades da base foi uma decisão da última Assembleia Geral da categoria, realizada em 18 de janeiro. Confira os encaminhamento, aqui.