Reunião das entidades da UFRGS organiza agenda de luta pela campanha salarial

Na manhã desta sexta-feira (11), dirigentes das entidades representativas da comunidade da UFRGS estiveram reunidos na Sala 102 da FACED – Faculdade de Educação, para tratar sobre as atividades conjuntas dos servidores públicos para a campanha de reajuste salarial e na construção da greve unificada nacional, apontada para o dia 23 de março em todo o país.

Pela ASSUFRGS, estiveram presentes os coordenadores Mariane Quadros, Tamyres Filgueira e André Mortari. Mariane ressaltou que para o sindicato dos técnico-administrativos em educação é estratégica a presença massiva dos servidores em Brasília. “Como fizemos com a PEC 32, defendemos que os servidores, se possível, estejam presentes já neste dia 16 de março em Brasília. A ASSUFRGS mandará representantes para fazer pressão na capital do país.” Tamyres afirmou que “é de extrema importância que as categorias do setor da educação estejam articuladas para o dia 16 de março.” Também marcou presença no encontro, Erick Vaz, Coordenador do Conselho de Representantes da ASSUFRGS.

Magali Mendes, da Seção UFRGS do ANDES Sindicato, afirmou que para os docentes, são três pontos de luta. “Adotamos uma postura de defesa dos 19,99% de reajuste, como forma de reposição das perdas dos últimos 3 anos, defendemos a revogação da EC 95 e a retirada definitiva de pauta da PEC 32.” André Martins, do ANDES SindoIF, destacou a importância de voltar às bases. “Devido à pandemia, estamos enfrentando dificuldades de mobilizar a categoria, já que muitos inclusive se mudaram de cidade com o trabalho remoto. Por este motivo iremos ficar em um trabalho de panfletagem e passagem nas unidades e campi do IFRS para explicar aos colegas a importância do movimento e divulgar a agenda de mobilização prevista para os próximos dias.”

Eliana de Freitas, estudante representante do DCE UFRGS, informou que neste momento, a pauta do RU é um tema chave que une toda a comunidade da UFRGS. “O RU foi muito precarizado no último período. Para nós estudantes está sendo imposto uma burocracia para que as refeições sejam previamente pagas e reservadas, o que dificulta o acesso ao RU.”

Adriana Cunha, representante da Associação Unidos Terceirizados fez coro à estudante sobre a questão do RU. “Sem dúvidas para os terceirizados da universidade a proibição de utilizar o RU é um dos principais problemas enfrentados neste momento e seria importante o engajamento de toda a comunidade nesta pauta.”

O grupo entrou em consenso na construção de um grande dia de mobilização em 16 de março, com a presença da comunidade da UFRGS no ato conjunto dos Servidores Públicos Federais do RS, previsto para o turno da manhã, com concentração no Banco Central, na Sete de Setembro, a partir das 10h, e caminhada rumo ao Palácio Piratini.. No turno da tarde, a previsão é de um ato presencial na UFRGS, em formato de Plenária Universitária, para que as pautas que preocupam estudantes e trabalhadores, como RU e a intervenção, sejam debatidas já na primeira semana de retorno gradual na UFRGS.

Além do dia 16, foi pontuada a importância da data de 23 de abril, prevista como paralisação nacional pela campanha salarial e o dia 01º de abril, data de aniversário do Golpe Militar, como data de luta em defesa da democracia.

ASSUFRGS se comprometeu a levar a proposta de calendário para a Assembleia Geral da categoria prevista para às 17h desta sexta-feira (11).

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