Plenária universitária debate valorização dos servidores, RU e intervenção na UFRGS

No final da tarde desta quarta-feira (16), trabalhadores e estudantes da UFRGS, estiveram reunidos em frente à FACED – Faculdade de Educação da UFRGS. Participaram do ato as entidades que representam servidores Técnico-Administrativos em Educação (Assufrgs), docentes (Andes), terceirização (Associação Unidos Terceirizados) e discentes (DCE UFRGS).  Andes – SindoIF, representando os docentes do IFRS, também marcou presença, assim como outros movimentos sociais.

Mariane Quadros, Coordenadora de Comunicação da ASSUFRGS Sindicato enfatizou a importância deste primeiro evento após a retomada parcial das atividades na UFRGS. “É importante, que na primeira semana, quando boa parte dos técnicos estão voltando para as atividades presenciais na universidade, a gente tenha conseguido fazer também a retomada desse contato com os diversos segmentos, com o objetivo de reagrupar as pessoas. Temos muita luta pela frente, nacionalmente pela defesa da educação pública, a nossa pauta salarial e também das questões internas da UFRGS.”

Adriana da Silva Cunha, representação dos trabalhadores terceirizados da UFRGS deu um panorama sobre as dificuldades da categoria. “Enfrentamos apenas 15 minutos de intervalo. Onde eu vou engolir um lanche? Além disso, aumentaram o valor do RU para os trabalhadores terceirizados. É justo trabalhar dentro do restaurante e passar com fome?Que universidade de excelência é essa que trata os seus prestadores de serviço como se estivesse no século passado? Basta de fechar os olhos e acharmos normal. Exigimos respeito.” Os trabalhadores lançaram um abaixo-assinado para diminuir o valor do RU para os terceirizados. Para participar, acesse o link, CLICANDO AQUI. 

Ana Paula Santos, do DCE da UFRGS, pontuou que a principal dificuldade para os estudantes é a evasão. “Já sabemos que alguns alunos estão sem dinheiro para passagem e que não conseguem vir para dentro da universidade. O debate da assistência e da permanência é fundamental. A reitoria diz que não tem dinheiro para investir na assistência, mas não temos sequer acesso às contas da universidade. Não sabemos para onde são destinados os recursos.” 

Elisabete Búrigo, representante do ANDES, destacou a importância da unidade dos trabalhadores e estudantes para que o retorno ao presencial seja seguro. “Nós não temos apoio dessa reitoria interventora para um retorno seguro. Então temos que construir essas condições de segurança a partir da comunidade. É importante que estejamos construindo isso em unidade. Mas além do passaporte vacinal, precisamos de muito mais.. precisamos reformar salas, garantir máscara para todos, ter mais frequência de transporte e RU para todos. Não é possível fazer o ensino de qualidade, a pesquisa e a extensão, sem ter segurança.”

Tailine Kaingang, do coletivo de estudantes indígenas, convidou os presentes para conhecer mais sobre a luta pela Casa dos Estudantes Indígenas, que nesse momento realiza uma ocupação em um prédio da Prefeitura deem frente ao Campus Centro, ao lado do Túnel da Conceição.  “Se juntem conosco para conhecer essa reivindicação. Não é uma luta somente dos povos indígenas, mas de toda a comunidade acadêmica.

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