Coordenadora jurídica da ASSUFRGS: “Não temos que decidir pela creche ou pela casa do estudante indígena”
Nesta segunda-feira, a Coordenadora jurídica da ASSUFRGS, Maristela Cabral, cedeu uma entrevista ao portal de notícias Sul21, onde explicou um pouco sobre a situação do fechamento da creche da UFRGS.
Na entrevista, Maristela deixa expresso que os servidores não estão contra a criação da Casa do Estudante Indígena, muito pelo contrário, validam a reivindicação do estudantes, mas também exigem a permanência de creche.
“Claro que a gente defende a casa do estudante indígena. O que acontece, que nós da ASSUFRGS pensamos e os técnicos da UFRGS de forma geral, é que a gente não tem que decidir pela creche ou a casa do estudante indígena. Nós temos as duas demandas, e nós temos espaço para as duas demandas. O que se pede é que seja feito um estudo de espaço físico dentro da universidade e que se atenda as duas demandas, que tenha sim a casa do estudante indígena, e que tenha sim a creche pra atender a comunidade de estudantes, professores e técnicos. Então, a gente vai lutar pelas duas coisas. A comunidade apoia a casa do estudantes indígena e a comunidade demanda uma creche que seja próxima do trabalho das mães, que nossas crianças sejam bem atendidas. A gente precisa das duas coisas e vamos lutar pelas duas coisas”, afirma a coordenadora jurídica da ASSUFRGS.
Ela ainda acrescenta que é preciso unir forças dos dois lados para travar essa batalha. “A nossa luta não é contra o estudante indígena ocupar o espaço da creche. A nossa luta é contra a intervenção dentro da UFRGS. A luta da ASUFRGS pela creche se soma à luta dos estudantes indígenas pela demanda da casa estudante indígena. Então nossas lutas não são conflitantes de maneira nenhuma. Nossa luta é junta. Nossa luta é somada contra o reitor interventor Bulhões.”