Ato unificado dos servidores e estudantes debate defesa da educação pública

Nesta segunda-feira (25), entidades sindicais e universitárias se reuniram na Faculdade de Educação da UFRGS (FACED) para uma plenária unificada que debateu pontos fracos da educação pública no momento atual e o descaso com o serviço público.

Entre as entidades presentes estavam representantes do ANDES, SindoIF, Atempa, CPERS, Associação Terceirizados Unidos, DCE UFRGS e DCE UFCSPA.

A Coodernadora-Geral da ASSUFRGS, Tamyres Filgueira, deixou sua fala durante a reunião. “Nós, servidores públicos, não ficamos um dia sequer sem trabalhar. Durante a pandemia, a gente manteve as universidades funcionando, assim como vários outros setores do serviço público. Estamos fazendo esse debate com a comunidade universitária, mas também com toda a população, para dizer que nós temos uma grande tarefa durante esse período, que é derrotar esse governo. Não só o governo, mas esse projeto neoliberal que tira dinheiro da saúde e da educação para entregar aos banqueiros e empresários.” finaliza.

Adriana Cunha, representante da Associação Terceirizados Unidos, falou sobre a importância de lutar pela qualidade da educação. “A educação pública é muito importante para todos os trabalhadores” em especial os terceirizados. “Nossos trabalhadores terceirizados, em sua maioria não conseguiram concluir o ensino médio, aliás, como quase a metade do Rio Grande do Sul. Na região metropolitana, são 2,5 milhões e no Rio Grande do sul 4,4 milhões de pessoas para uma população de 11 milhões, é quase metade da população.” A representante dos terceirizados ainda acrescenta: “E o que esperar da universidade pública? Que construa programas de incentivo aos trabalhadores para que possam se qualificar e poder terminar seus estudos. Isso é desenvolvimento.”

Elisabete Búrigo, do ANDES, também marcou presença. “Com a pandemia nós fomos obrigados a deixar os espaços físicos da universidade e fomos obrigados a trabalhar com o chamado ensino remoto emergencial, que foi se tornando o ensino remoto eternizado e muitíssimo precarizado. Além de provocar a exclusão de uma importante parcela dos estudantes, também teve como efeito a precarização do ensino ofertado, a precarização das nossas condições de trabalho.”

Gustavo Cirello, estudante e representante do DCE UFRGS, falou um pouco sobre a situação da comunidade acadêmica na universidade. “Para entrar na universidade é muito difícil, mas para se formar é ainda mais difícil.” Gustavo criticou o atual prefeito de Porto Alegre, que determinou o cancelamento da linha D43. A decisão simboliza um ataque aos estudantes que dependiam do ônibus para chegar até as universidades, além disso, Melo implantou políticas burocráticas para aquisição do TRI Escolar, que excluiu metade dos estudantes e dificultou que a outra metade conseguisse usufruir do benefício. Também foi debatido a falta de um auxílio estudantil que seja suficiente para suprir as necessidades básicas, principalmente quando a maioria dos alunos dessas universidades públicas residem em outras capitais.

Ficou decidido que no dia 5 de maio, ocorrerá novo encontro para definir a agenda de luta unitária dos trabalhadores e estudantes da educação pública.

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