FASUBRA aprova adesão da categoria nos atos nacionais em defesa da educação pública e valorização dos servidores

A FASUBRA Sindical realizou sua primeira plenária presencial após o início da pandemia, nos dias 3, 4 e 5 de junho, no Centro Comunitário Athos Bulcão da UnB, em Brasília/DF. Representantes de 40 entidades de base estavam presentes, sendo um total de 155 participantes – 54 delegadas e 101 delegados. ASSUFRGS marcou presença com delegação de cinco colegas da categoria: Bernadete Menezes, Maristela Piedade, Rui Muniz, Rodrigo Fuscaldo e Sandra Stefani.

Agenda de luta

A partir do debate da Plenária Nacional, a categoria entendeu que a atual conjuntura, de retorno presencial na maioria das IFEs, não está propícia para uma forte adesão da base à um chamado de greve geral. Com isso, a estratégia a ser seguida pela federação é expandir a mobilização pelo reajuste salarial e contra os cortes do MEC, a partir dos dias já definidos de luta unitária, 09 de junho e 14 de junho, na tentativa de pressionar o governo federal com grandes atos pontuais. No dia 09, estão previstos atos em diversos estados, em unidade com docentes e estudantes, contra os cortes de verbas. Na base da UFRGS, UFCSPA e IFRS, já existe um chamado para ato presencial, às 17h, em frente à Faculdade de Educação da UFRGS. Já no dia 14, Sinasefe, Fasubra e ANDES preparam um forte ato pelo reajuste salarial em Brasília.

Teletrabalho

Na plenária foi realizado o painel “Teletrabalho nas IPE e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”. Em seguida foi realizado um novo painel “Eleições e Democracia: a mobilização necessária para a garantia de direitos”, com Dra. Marcelise Azevedo – advogada e integrante da ABJD – Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia. Também debateram sobre a uberização do trabalho e como as tecnologias que têm sido implementadas na gestão do trabalho não têm trazido uma preocupação com os trabalhadores e as trabalhadoras, pois o discurso que vem junto com a tecnologia é vinculado a ideologia neoliberal.

Medidas relacionadas ao teletrabalho foram aprovadas pela plenária, como:

  • Formação de GTs para avaliação, discussão e elaboração de um projeto local sobre a viabilidade de implantação do Programa de Gestão e Desempenho – PGD (teletrabalho e trabalho híbrido);
  • Criação de GT trabalho e PGD para elaboração de pauta de reivindicação e documento com modelação do teletrabalho;
  • GT composto por representantes de cada universidade;
  • GT nacional, programa de gestão e teletrabalho instalado nas próximas duas semanas, incluindo o tema do ponto eletrônico;
  • Encontro nacional para discussão e encaminhamento sobre o teletrabalho e programa de gestão e desempenho nesse semestre de 2022, convidando as CIS; entre outras.

Eleições 2022

No segundo painel, a advogada Marcelise Azevedo destacou a importância de se discutir a democracia em ano eleitoral. Ela falou sobre a preocupação com o pleito eleitoral deste ano. “É claro que todas essas agressões, essas bravatas, todo esse movimento do Bolsonaro, que não tem menor respaldo técnico e científico, tem um propósito que é gerar instabilidade institucional. As dúvidas em torno do processo e do sistema eleitoral buscam ferir e rachar a nossa democracia. Se pretende usar o processo eleitoral para, de forma paradoxal, minar a democracia”, analisou.

A plenária aprovou também, por ampla maioria, o apoio da FASUBRA Sindical a candidatura de Lula à Presidência da República nas eleições de outubro. Será apresentada plataforma de programa defendido pela FASUBRA especialmente à candidatura de Lula.

Fonte e fotos: Fasubra Sindical