Universidades federais realizam grande ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral
O dia 11 de agosto, em Porto Alegre, foi protagonizado pelas comunidades acadêmicas da UFRGS, UFCSPA e IFRS, que uniram-se em um grande ato em frente a Faculdade de Educação da UFRGS – Faced – para manifestar repúdio ao atual governo que ataca a educação e o sistema eleitoral.
A concentração do ato iniciou às 10 horas da manhã. Grupos do movimento estudantil barraram a entrada do prédio da Faced às 8h da manhã para promover uma paralisação neste dia. Após o início da concentração, palavras de ordem foram cantadas e o espaço foi aberto para falas. Tamyres Filgueira, Coordenadora geral licenciada da ASSUFRGS, Elizabeth Burigo, representante do Andes/UFRGS e representantes do DCE da UFRGS se expressaram. Figuras políticas como Pedro Ruas (PSOL), Fernanda Melchionna (PSOL) e Maria do Rosário (PT) estavam presentes no ato.
Reitoria interventora fecha portas
Durante o ato, os manifestantes marcharam em direção a reitoria da UFRGS, expressando palavras de ordem contra o Reitor Interventor Carlos Bulhões, mas sem surpreender ninguém, a gestão administrativa da UFRGS mostrou mais uma vez que os estudantes não são bem-vindos neste setor.
Ao ocuparem o Anexo 1 da reitoria, os estudantes encontraram portas trancadas. Impedindo que chegassem até o vão da reitoria. No local, em coro, todos expressaram a seguinte mensagem:
“Em repúdio à reitoria e ao bolsonarismo na nossa universidade, é fundamental estarmos na luta em defesa da educação, por isso a aula hoje é na rua, ocupando a reitoria e mandando um recado para o Bolsonaro e a milícia do governo federal. Nós vamos defender a educação e a UFRGS. O Bolsonaro pode esperar, a sua hora vai chegar!”
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Na sequência, a manifestação seguiu em marcha até a Faculdade de Direito, onde estava marcado para ser realizada a leitura da Carta em defesa da democracia e do sistema eleitoral. Esse manifesto contou com mais de 900 mil assinaturas e sua leitura ocorreu em mais de 50 cidades do país. A cerimônia de leitura foi aberta pela diretora da Faculdade de Direito da universidade gaúcha, Claudia Lima Marques. Ela destacou que o movimento não tinha caráter partidário, mas de defesa da democracia.
Entidades sindicais, como a ASSUFRGS, movimentos sociais e setores jurídicos se fizeram presentes durante esse ato histórico. O ano de 2022 está marcado como um período de uma difícil batalha pela democracia do Brasil. A mobilização e organização dos movimentos e em prol da defesa do sistema eleitoral é essencial para a sobrevivência do estado democrático de direito em nosso país.
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Escola estaduais e municipais na luta
Ainda na mesma manhã, às 8h, estudantes do movimento secundarista junto com trabalhadores estaduais e municipais, se reuniram em frente ao Colégio Julio de Castilho. Esse ato reuniu em torno de 10 escolas de Porto Alegre.
O grupo saiu em marcha por toda Av. João Pessoa, encerrando na Faculdade de Educação da UFRGS, onde uniram-se à comunidade universitária para o protesto.
O dia do estudante, foi marcado pela mobilização dos mesmos, que mostraram estar dispostos a lutar para garantir um estado democrático que valorize o ensino e garanta segurança plena dos seus direitos.
Fora Bolsonaro, em defesa da democracia!
Confira nossa galeria de fotos dessa manhã de mobilização: