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Comunidade da UFRGS realiza ato contra os dois anos de intervenção na Universidade

Nesta sexta-feira, 13, a ASSUFRGS junto com o ANDES/UFRGS, APG e DCE da UFRGS, organizaram um ato contra a reitoria interventora na universidade. A manifestação iniciou às 12h no pátio da Faced.

Mariane Quadros, técnica-administrativa em educação na UFRGS, afirmou que a atual administração se aproveitou do trabalho remoto para adonar-se da reitoria, contra a vontade da comunidade universitária. “Há uma série de desmontes como falta de assistência estudantil, fechamento da Colônia de Férias em Tramandaí, sem qualquer diálogo com a comunidade local, a creche e mais outros tantos problemas.”

Tamyres Filgueira, Coordenadora licenciada também se manifestou no ato denunciando a falta de transparência da reitoria a respeito dos cortes orçamentários realizados pelo governo federal. “No momento que a gente tem um Reitor que não fala sobre o corte de verbas vai estar impactando o nosso dia a dia, é porque ele está assinando embaixo das políticas do Governo Bolsonaro.”

Magale Menezes, representante do Andes/UFRGS também esteve presente e lembrou sobre a pauta da paridade e como ela é necessária para o espaço democrático na universidade, citando a frase escrita no monumento que homenageia os expurgados da UFRGS. “Aos que lutaram, resistiram e nos legaram solidariedade e esperança”.

Sarah Domingues, estudante de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS aproveitou o espaço para lembrar da expulsão dos estudantes cotistas. “Nosso papel aqui é principalmente garantir que os estudantes vão entrar na universidade, permanecer e se formar, independente de onde eles venham, qual a raça e qual a renda, porque hoje, nós temos uma UFRGS que expulsa cotistas e que nunca aceitou a lei de cotas, e é nosso dever mudar essa realidade.”

O ato não se estendeu por muito tempo mas não deixou que o dia passasse em branco, pontuando mais uma vez que a comunidade universitária da UFRGS não está contente com a atual reitoria e reivindica eleições com paridade. Seguimos na luta contra a intervenção.