Sinalização de reajuste de 9% para 2023 é resultado da luta sindical travada no último período
[ATUALIZAÇÃO em 23/12] Na noite de quinta-feira a LOA 203 foi aprovada, confirmando R$11 bilhões para o reajuste de 9% dos servidores. Porém para sair do papel será necessário ato legal – Medida Provisória (MP) ou Projeto de Lei (PL). Saiba mais sobre o orçamento aprovado, clicando aqui. [FIM DA ATUALIZAÇÃO]
Na última semana, os servidores públicos federais foram informados pelo FONASEFE e FASUBRA que existe a consolidação de orçamento destinado para reajuste linear dos SPFs, já em 2023. A informação foi confirmada pela equipe do relator-geral do Orçamento do próximo ano, Marcelo Castro (MDB-PI), em reunião com as entidades.
Essa sinalização positiva de um reajuste, só foi possível graças à luta dos trabalhadores que foi determinante para a mudança na conjuntura da política nacional. É preciso frisar que a vitória de Lula, e agora a sinalização de um reajuste, são resultados de uma importante mobilização da luta sindical nos últimos anos. Foram 2 anos de governo Temer e 4 anos de governo Bolsonaro, em que os trabalhadores tiveram os salários arrochados e resistiram a tentativas de retiradas de direitos.
Foi o acúmulo das lutas travadas nas ruas nesse período mais recente que resultou na vitória eleitoral. Se hoje o relator-geral do orçamento senta para negociar com os servidores, é porque os sindicatos se fizeram ouvir com sua pressão, mobilização e relevância representativa. É a nossa luta política diária que impacta na vida dos trabalhadores do serviço público!
No caso da ASSUFRGS, foi a adesão dos Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS, nas lutas nacionais e locais, que garantiu o enfrentamento necessário para termos conseguido reverter os inúmeros cortes de verbas ao longo do governo Bolsonaro. Foi a luta de nossa categoria nas ruas que fez a pressão política necessária para impedir o Future-se, para resistir aos desmandos da reitoria interventora, para enfrentar os quatro ministros da educação desastrosos, que tinham o claro objetivo de destruir nossas universidades e institutos federais. Assim, como também é vitória da nossa categoria e da ASSUFRGS a possibilidade do fim de uma realidade de arrocho salarial.
O que temos até agora é a sinalização de que estão consolidados os 9% de reajuste, em duas parcelas, uma em abril e outra em outubro. Esse apontamento só irá virar realidade se nosso sindicato e federação seguirem desempenhando esse papel, de acompanhamento da situação orçamentária do país e pressão para que o valor seja efetivamente liberado para esse fim.
Seguiremos na luta para garantir o reajuste já sinalizado no orçamento, mas também para propor ainda mais ganhos à categoria. Está na pauta aprovada na Plenária Nacional da FASUBRA, da qual a ASSUFRGS participou com delegação, a necessidade de aumento que reponha a inflação do governo Bolsonaro, muito acima dos 9%. Também defendemos a reposição do auxilio-alimentação e a melhora do nosso plano de carreira, entre outras medidas necessárias. Confira aqui as demandas.
Só nossa luta organizada e constante vigília garantirá os direitos da classe trabalhadora! Rumo à vitória companheiros!
Algumas das ações da Assufrgs no período Bolsonaro