Lula: Discurso de posse evidencia a educação, fome e desigualdade

Quais foram os principais sinais de Lula durante da posse? Analisamos que durante seu discurso, o presidente citou 5 vezes a palavra ‘educação’, 6 vezes a palavra ‘universidade’, 12 vezes a palavra ‘fome’ e 20 vezes a palavra ‘desigualdade’. Com isso, Lula evidencia que seu governo estará priorizando essas áreas que foram tão atacadas e negligenciadas nos últimos quatro anos.

Além da fala, Lula subiu na rampa do Planalto acompanhado não apenas da primeira-dama Janja e seu vice Geraldo Alckimin, mas por um grupo de cidadãos para representar a diversidade da sociedade brasileira. Entre essas pessoas que entregaram a faixa presidencial a Lula estavam:

Cacique Raoni, líder indígena pelas causas da Amazônia e dos povos da floresta; Weslley Rocha, metalúrgico na região do ABC paulista desde os 18 anos; Aline Souza, catadora desde os 14 anos, e lidera movimentos da categoria. É mãe de sete filhos; Murilo de Quadros Jesus, formado em Letras, atua como professor de português; Jucimara dos Santos, uma cozinheira do Paraná que ficou por 10 meses na Vigília Lula Livre; Francisco, tem 10 anos de idade, mora na periferia de São Paulo é nadador em 2022 ficou em primeiro lugar no campeonato da Federação Aquática Paulista.; Ivan Baron, o jovem sofreu de meningite viral aos 3 anos de idade, doença que lhe causou paralisia cerebral. É referência na luta anticapacitista; Flávio Pereira, artesão do Paraná que esteve presente durante 580 dias na vigília em Curitiba, durante o período em que Lula esteve preso.

Confira um dos trechos do discurso onde Lula cita as universidades e a atual desigualdade no país:

“Agora é hora de reacendermos a chama da esperança, da solidariedade e do amor ao próximo. Agora é hora de voltar a cuidar do Brasil e do povo brasileiro, gerar empregos, reajustar o salário mínimo acima da inflação, baratear o preço dos alimentos, criar ainda mais vagas nas universidades, investir fortemente na saúde, na educação, na ciência e na cultura.” Afirma Lula.

“A desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer. A fome está de volta, e não por força do destino, não por obra da natureza nem por vontade divina, a fome. A volta da fome é um crime, o mais grave de todos cometido contra o povo brasileiro. A fome é filha da desigualdade, que é a mãe dos grandes males que atrasa o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade apequena nosso país de dimensões continentais ao dividi-lo em partes que não se reconhece. De um lado uma pequena parcela da população que tudo tem, do outro lado uma multidão a quem tudo falta e uma classe média que vem empobrecendo ano a ano pelas injustiças do governo. Juntos somos fortes, divididos seremos sempre o país do futuro que nunca chega e que vivem em dívida permanente com o seu povo. Se queremos construir hoje o nosso futuro, se queremos viver num país plenamente desenvolvido para todos e todas, não pode haver lugar para tanta desigualdade. O Brasil é grande, mas a real grandeza de um país reside na felicidade de seu povo, e ninguém é feliz de fato em meio a tanta desigualdade.”

Foto em destaque: Eraldo Peres