RS é o estado com o maior número de deputados federais que relativizaram o golpismo em Brasília

Segundo levantamento do Intercept, 46 deputados federais eleitos em 2022 defenderam, incentivaram ou ao menos tentaram justificar de alguma forma os ataques terroristas realizados no dia 08 de janeiro. Ao menos, 7 deles são do RS, sendo o estado com o maior números de deputados federais que relativizaram o golspismo.

São eles: Alceu Moreira (MDB)Giovani Cherini (PL)Marcelo Moraes (PL)Sanderson (PL), Mauricio Marcon (Podemos), Osmar Terra (MDB) e Tenente Coronel Zucco (Republicanos).

A pesquisa analisou as publicações realizadas pelos deputados em suas redes sociais, sejam por twitts, stories ou demais formatos de postagens. Todos, de alguma forma, banalizaram ou endossaram as razões golpistas que promoveram as manifestações. Alguns até chegaram a repudiar manifestações de vandalismo e depredação, mas não exigiam a punição dos responsáveis e muito menos denunciavam o ato como golpista ou terrorista.

O deputado Osmar Terra, do MDB, chegou a divulgar a falsa informação de que uma idosa havia morrido. Terra é ex-ministro do Desenvolvimento Social de Temer e ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro. Maurício Marcon, do Podemos, criticou as prisões, alegando supostas violações de direitos humanos.

Até agora, não foi confirmada qualquer denúncia de violação de direitos humanos nas prisões. De acordo com balanço divulgado pela Polícia Federal, os detidos receberam alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar) e hidratação, estando equipes médicas disponíveis durante todo o período.

Deputados federais, que foram eleitos pelo sistema eleitoral democraticamente, não podem, de forma alguma, legitimar ou relativizar atos antidemocráticos que exigem a intervenção militar ou contestem os resultados das urnas. É urgente que figuras políticas, eleitas pelo povo, sejam responsabilizados por suas falas e posicionamentos. A Câmara não pode tolerar dentro da sua casa manifestações inconstitucionais, nem por parte de civis, e muito menos de parlamentares.

Fonte: Intercept, Brasil de FatoRS

Foto: Sérgio Lima/Poder360