CECLIMAR/UFRGS realiza monitoramento de animais encalhados no litoral do RS
O Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vinculado ao Campus Litoral Norte (CLN), vem desenvolvendo, desde 2012, um projeto de monitoramento sistemático da orla para acompanhar o padrão de ocorrência e de encalhes de uma ampla gama de espécies de animais residentes e migratórias.
O monitoramento é realizado entre as localidades de Itapeva em Torres e Dunas Altas em Palmares do Sul, abrangendo cerca de 130 km de praias. Este trecho é dividido em duas áreas, uma que se estende de Imbé a Torres (80 km) e outra que se estende de Tramandaí a Palmares do Sul (50 km). A cada semana, uma das áreas é monitorada com veículo institucional e todos os animais tetrápodes (aves, mamíferos e répteis) encontrados mortos são contabilizados pela equipe. A equipe é composta por servidores do CECLIMAR, com suporte de alunos do curso de Biologia Marinha e esporadicamente docentes do curso. O trabalho é realizado ininterruptamente durante todos os meses do ano.
Os dados acumulados já somam mais de dez anos, sendo que as informações básicas sobre o número de animais encontrados encalhados por grupo taxonômico, ano de ocorrência, localidade e quilometragem percorrida, entre 2012 e 2022, já estão disponíveis no painel de dados do Ceclimar, através do link: https://abre.ai/paineldedados-ceclimar-mp.
O painel foi desenvolvido pelo colega André Luís Kunzler D’arrigo, analista de tecnologia da informação do CLN/UFRGS, em colaboração com o coordenador do projeto, o biólogo Maurício Tavares do CECLIMAR. Os dados constantes no painel já foram utilizados em trabalhos de conclusão de curso, mestrados e doutorados, tendo gerados várias publicações científicas. A ideia é que o painel sirva para gestores públicos, instituições e entidades que necessitem acessar essas informações de maneira prática e de fácil visualização.
Fonte: Comunica UFRGS Litoral
Foto em destaque: Pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encontrado debilitado na orla do litoral norte do Rio Grande do Sul, durante monitoramento de praias sistemáticos realizados pelo CECLIMAR/UFRGS – Foto: Maurício Tavares
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