Refap em Canoas não será vendida “Acabou essa história de desinvestimento!”
O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, anunciou que a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), localizada em Canoas RS, não será mais vendida. A unidade, como se sabe, estava dentro do programa de desinvestimentos da petroleira, como parte de um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O anúncio de que a Petrobras manterá o ativo em seu portfólio foi feito durante o final de semana, durante um evento em homenagem aos 55 anos da Refap. “Essa refinaria não será objeto de desinvestimento. Isso é uma palavra absurda”, disse Prates durante a cerimônia. “Acabou essa história de desinvestimento”, enfatizou.
Ainda durante sua passagem pelo Rio Grande do Sul, Prates esteve em reunião com empresários gaúchos na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. Durante o encontro, ele ressaltou que a Refap receberá novos investimentos da Petrobrás para produção de diesel com menos enxofre e de diesel com conteúdo renovável.
A Petrobras anunciou também que a Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), localizada na cidade de Rio Grande (RS), será palco de testes industriais de uma tecnologia da Petrobrás para a geração de produtos petroquímicos e combustíveis de origem inteiramente renovável. O primeiro teste industrial está previsto para o próximo mês de novembro, devendo durar até cinco dias. O segundo, será realizado em junho de 2024.
De acordo com a Petrobras, caso os testes sejam bem-sucedidos, já estão negociados o contrato de licenciamento da tecnologia. O valor do investimento que será realizado pela Petrobrás na RPR é em torno de R$ 45 milhões.
A Refap, Refinaria Alberto Pasqualini, iniciou suas operações em setembro de 1968, processando uma média diária de 4,5 mil m³ de petróleo. Essa capacidade foi gradativamente ampliada até atingir 20 mil m³/dia na década de 90. Em 2001, tornou-se uma sociedade anônima, a Alberto Pasqualini – Refap S.A., que tinha a nossa subsidiária Downstream Participações S.A. como sua principal acionista.
Desde o governo Temer, começaram a surgir sinalizações de interesse em vender as refinarias. A não venda da Refap é resultado da persistência da classe trabalhadora que resistiu a essas movimentações políticas de privatização. Mais uma vitória da luta sindical e um motivador para seguir no enfrentamento
Fonte: Petronotícias
Foto: Petrobrás