Moção de repúdio contra a perseguição das deputadas federais do PSOL e do PT
A ASSUFRGS Sindicato manifesta seu repúdio à tentativa de cassação do mandato de deputadas federais de esquerda que se colocaram contrárias à aprovação do Marco Temporal. O presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem poupado golpistas ao encaminhar as representações por quebra de decoro parlamentar ao Conselho de Ética da Casa. Já se passaram quatro meses que ações contra quatro deputados do PL, partido de Bolsonaro, acusados de estimular os atos golpistas de 8 de janeiro, estão paralisadas na Mesa Diretora. Essas representações até hoje não foram encaminhadas ao Conselho de Ética.
Porém, no último dia 31 de maio, Lira enviou ao conselho uma ação do PL protocolada um dia antes, contra seis deputadas federais, dos partidos PSol e PT. O documento, assinado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Netto, acusa as parlamentares de quebra de decoro por terem mostrado seu descontentamento contra o Marco Temporal.
O PL quer cassar o mandato de quatro deputadas do PSol: Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bonfim (SP), Célia Xakriabá (MG), Talíria Petrone (RJ), além de duas do PT: Érika Kokay (DF) e Juliana Cardoso (SP).
Não surpreende que as perseguidas sejam todas deputadas mulheres e do campo de esquerda. A violência política de gênero deve ser combatida e cabe aos movimentos sociais, centrais sindicais e demais entidades de luta se posicionarem contra a manobra da extrema-direita no congresso nacional.
Coordenação ASSUFRGS Sindicato