Suprema Corte dos EUA proíbe universidades de aplicar cotas raciais
A decisão foi amparada por seis votos dos juízes de orientação conservadora, contra três que votaram a favor das ações afirmativas.
A Suprema Corte dos Estados Unidos declarou, nesta quinta-feira (29), que são inconstitucionais as ações afirmativas, as políticas de admissão de alunos das universidades americanas para aumentar a quantidade de estudantes negros, hispânicos e de outros grupos pouco representados entre os estudantes. A decisão contrária às ações afirmativas de raça em universidades foi tomada por uma Suprema Corte de maioria conservadora.
Nos EUA não havia cotas como em universidades brasileiras, mas, sim, um sistema que considerava que raça era um critério para um aluno ser convocado para a matrícula.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse durante um pronunciamento para todo o país que é “absolutamente contrário à decisão” da Suprema Corte. Durante o discurso o democrata afirmou que essa não poderá ser a última palavra sobre o assunto. O ex-presidente Donald Trump se pronunciou sobre a decisão dizendo que esse “é um grande dia para os EUA”.
Alerta para a realidade brasileira
A decisão tomada pela justiça dos EUA tem potencial de influenciar outros países, incluindo o Brasil. Sabemos que as vitórias conservadoras de lá, incentivam a movimentação dos políticos extremistas daqui. O momento é chave, já que a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados brasileira tem se debruçado em um projeto que torna a Lei de Cotas, que completou 10 anos, em uma medida permanente, exatamente para evitar retrocessos.
Fica o alerta: os direitos hoje garantidos, amanhã podem ser retirados, seja pela justiça, seja pela política. A luta é constante!