Notícia

Moção: Pela desocupação dos territórios ocupados e em defesa do Estado Palestino

75 anos de terrorismo de Estado de Israel contra os Palestinos: assassinatos e cárcere a céu aberto

O vento arrasta as sementes e
nossa terra treme, na noite,
com as dores do parto

o carrasco engana-se,
repetindo para si mesmo a história da incapacidade,
a história das ruínas e dos escombros

Ó nossa jovem manhã
conte você ao carrasco
como são as dores do parto
.

conte-lhe como, da dor da terra, nascem as margaridas
e como a manhã se ergue
das rosas de sangue das feridas
.

Fadwa Tuqan

A questão Palestina faz parte de um processo de criação de um Estado à força e à revelia dos povos, árabes ou judeus. Tornou-se, na história, mais um exemplo do poder das relações capitalistas impostas a uma região do globo, com os interesses econômicos e geopolíticos (petróleo, território, água, comércio etc.) acima dos direitos à vida e à autodeterminação dos povos.

São homens, mulheres e crianças que sangram em seu quotidiano na busca por suas identidades nacionais roubadas ou constituídas à força, pela ocupação criminosa dos territórios Palestinos por Israel, com apoio dos EUA.

As interferências internacionais mascaradas pela paz (com a conivência da ONU e de países capitalistas da Europa e dos Estados Unidos determinariam o desequilíbrio de uma região rica culturalmente e possuidora de história milenar.

A criação do Estado judeu e a ocupação dos territórios Palestinos é a continuidade da extensão do capitalismo ocidental no Oriente Médio, através de um movimento xenofobista que mais se aproxima da hegemonia divina de uns sobre outros, de forma fascista e nazista, o Estado sionista de Israel.

O Estado de Israel, utilizando-se de religião, costumes, valores culturais e sustentação político-militar dos Estados Unidos, têm justificado permanentes ações agressivas contra o Povo Palestino e expansionistas em relação ao seu território. O Estado Palestino, declarado a 15 de novembro de 1988 – 19ª Seção do Conselho Nacional Palestino em Argel, já é reconhecido por mais de uma centena de nações, por Organizações, Conferências, Movimentos e Ligas Mundiais.

Diversos movimentos políticos têm firmado Declarações condenando a política assassina e de opressão contra a população palestina e exigindo a devolução dos territórios ocupados, chamando à criação do Estado independente do Povo Palestino.

Os israelenses querem impor uma solução militar a um problema político através de ações cada vez mais temíveis e desumanas, com o objetivo de forçar o Povo Palestino a se render. A resposta tem sido ao contrário, pois, por mais brutal que seja a agressão, os Palestinos têm enfrentado com dignidade a defesa de seus territórios, de sua autonomia e da liberdade.
A histórica intifada, símbolo da resistência à ocupação dos territórios invadidos por Israel, não pode ser chamada de criminosa e terrorista.

Numa sucessão de ataques militares a zonas civis densamente povoadas nos últimos anos, Israel bombardeia instalações de tratamento de água, centrais elétricas, hospitais e escolas de Gaza, fechou as suas fronteias e portos, proibiu a operação de um aeroporto e destituiu pelo menos um terço das terras agrícolas de Gaza desde 2000. No sábado, Israel lançou outro bombardeio à Gaza, o oitavo grande ataque nos últimos 20 anos.

Apesar da declaração recente de Antônio Guterres, a Organização das Nações Unidas, as nações ocidentais são responsáveis por esses crimes porque se mantêm em silêncio ante a expansão sobre os territórios Palestinos, sustentando Israel em suas políticas desumanas de controle do Povo Palestino pela água, alimentos e energia.

Que Israel cesse seus quotidianos ataques sangrentos aos Palestinos, Libaneses; à Líbia, Iraque, Síria e Jordânia, ameaçando a expansão da guerra. O Mundo não pode continuar refém das suas permanentes ameaças.

Que a humanidade reconheça os Direitos Nacionais Palestinos.

Que o mundo compreenda que os Palestinos são as vítimas lutando por seus direitos; que o mundo identifique que, pela intransigência, Israel promove a guerra pela imposição da miséria; que cesse a opressão e o sofrimento do Povo Palestino e que reine a Paz no Oriente Médio.

Neste novo momento trágico na história de sofrimento do Povo Palestino, estão sendo chamados os trabalhadores de todo o mundo e a sociedade brasileira, a todos os homens e mulheres amantes da paz e da justiça, àqueles que têm sofrido as mais diversas formas de repressão e violação de seus mais elementares direitos humanos, a redobrar seus esforços para que se reconheça e seja instalado de imediato o Estado Palestino independente em solo pátrio, para que se faça justiça a um povo que durante várias décadas tem sido privado de seus direitos nacionais, com Segurança e Soberania.

Reiteramos a urgência de fazer cumprir as Resoluções das Nações Unidas, o respeito pelo Direito Internacional e os Direitos Humanos e o fim da ocupação ilegal dos territórios Palestinos por Israel. E que este pague pelos crimes de guerra contra esse povo sofrido.

Pelo cessar fogo incondicional e a retirada imediata das tropas do Estado de Israel da Faixa de Gaza e, concomitantemente, o envio de tropas da ONU com a cessação das hostilidades e em cumprimento às suas deliberações. Pela ajuda humanitária no território palestino e que as tropas israelenses se retirem e parem a chacina na Faixa de Gaza.

ASSUFRGS – Sindicato dos Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS

Moção aprovada em Assembleia Geral da categoria, no dia 28 de novembro de 2023. Redação: Rui Muniz.