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Comunidade da UFRGS entrega ao MEC parecer que pede a destituição da reitoria interventora

Na tarde desta segunda-feira (4), ASSUFRGS, ANDES e DCE UFRGS participaram de uma reunião com a Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Denise Pires de Carvalho, para iniciar o diálogo sobre a destituição do reitor Carlos Bulhões.

Foi entregue uma cópia do parecer aprovado na última sexta-feira (1), pelo Conselho Universitário, que recomenda a destituição da reitoria interventora nomeada pelo governo Bolsonaro. Segundo a Secretária do MEC, uma próxima audiência, desta vez com o Ministro da Educação, Camilo Santana, deve ocorrer até a primeira quinzena de fevereiro. A proposta seria discutir o parecer que até lá deve ser apreciado pelo ministério.

Participaram do encontro, os Coordenadores Gerais da ASSUFRGS, Tamyres Filgueira e Gabriel Focking; Matheus Fonseca Gomes, dirigente do DCE UFRGS; e Guilherme Camara, presidente do ANDES UFRGS. A reunião foi articulada pela Deputada Federal Fernanda Melchionna.

Tamyres Filgueira ressalta a importância do momento. “Foi muito importante pra nós essa reunião. Um momento de relato e de conversa com o MEC. Agradecemos a Deputada Fernanda Melchionna, por garantir esse momento.”

“Aqui conseguimos colocar que o Consun já aprovou a destituição e que em nome da autonomia universitária, essa decisão deve ser acatada pelo MEC. Claro que dentro do rito legal, mas que seja breve, para afastar essa reitoria interventora o quanto antes”, conclui Gabriel Focking.

O parecer entregue ao MEC aponta casos de censura na comunicação institucional da UFRGS, desrespeito a decisões dos conselhos, falta de cumprimento das funções da administração central, conflitos e judicialização de membros da comunidade universitária, desmonte de programas, falta de transparência e irregularidades na gestão de recursos, falta de gestão durante a pandemia e, ainda, ausência do reitor no conselho superior.

O Consun já havia aprovado a retirada dos mesmos nomes da Reitoria em agosto de 2021. Contudo, ainda durante o governo Bolsonaro, o MEC arquivou o processo. Com a troca de governo, a expectativa da comunidade acadêmica é que o atual MEC possa acatar o pedido.

Com informações do Sul21

Foto: Eline Luz – Imprensa ANDES-SN