Linha do Tempo para entender a paridade e qual é o resultado legítimo da consulta à Reitoria em 2024

1980 a 2020 – A luta em defesa da democratização da UFRGS não é de hoje e ocorre de forma intensa desde os anos 80. A paridade nas instâncias de decisão e poder da universidade sempre foi defendida por aqueles que entendem que a opinião e o saber de estudantes, servidores técnicos e docentes devem ter o mesmo peso.

23 de novembro de 2023 – Após décadas de luta, o Conselho Universitário da UFRGS, órgão máximo e deliberativo da universidade, aprovou o cálculo paritário para a próxima Consulta à Reitoria da universidade. Até então as consultas à reitoria eram com peso de 70% para votos dos docentes, e 15% para estudantes e servidores TAEs. Sendo assim, ficou determinado que a próxima consulta usaria peso igualitário no voto dos três segmentos: estudantes, docentes e TAEs. Também ficou definido que a consulta seria em caráter informal, com organização realizada através de uma comissão.

24 de maio de 2024 – O Conselho Universitário da UFRGS aprovou o assento eleitoral da Consulta à Reitoria, onde referendou o cálculo paritário e peso igualitário entre os segmentos.

11 de junho de 2024 – A Comissão de Consulta Informal (CCI), criada pelo Consun para organizar a consulta, publicou o edital de convocação, marcando a consulta paritária para o dia 15 de julho. Três chapas se candidataram ao pleito, tendo conhecimento e concordando que o cálculo seria paritário.

04 de julho – Um dos pró-reitores da atual reitoria entra na justiça pedindo que a UFRGS suspenda o fornecimento dos meios para que a CCI possa organizar a consulta. Entidades representativas entram com outra ação, solicitando que a consulta ocorra. A Justiça Federal emitiu despachos determinando que a UFRGS fornecesse os meios para a realização da Consulta à comunidade, porém com o sistema 70/15/15, sem levar em consideração a autonomia universitária e os precedentes das consultas paritárias já realizadas em mais de 1/3 das universidades federais.

10 de julho – Diante da decisão da justiça, as três chapas passam a se comprometer publicamente em respeito à paridade e assinam de forma conjunta uma nota que afirmam que caso não eleitas paritariamente irão respeitar a decisão paritária junto à eleição da lista tríplice no Consun. A manifestação foi lida publicamente no último debate entre as chapas, realizado no dia 10 de julho, no Salão de Atos da UFRGS.

15 de julho – UFRGS tem uma votação histórica para uma Consulta à Reitoria, com 17.636 votantes, elegendo no cálculo paritário a Chapa 03. Instantes após o resultado ser divulgado sem paridade, Chapa 02 afirma ser a “eleita pela comunidade”.

19 de julho – Consun UFRGS terá a chance de estar do lado certo da história, elegendo a lista tríplice respeitando o cálculo paritário, que foi definido pelo próprio conselho em novembro do ano passado, defendido publicamente pelas três chapas e fruto de mais de 30 anos de debates da comunidade da UFRGS.