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IFRS integra projeto Afrocientista para estimular a iniciação científica entre estudantes afro-brasileiros

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) faz parte, pelo segundo ano consecutivo, do Afrocientista, promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) (ABPN) para estimular a iniciação científica entre estudantes afro-brasileiros.

Jovens entre 15 e 18 anos de idade participam como bolsistas em atividades de estudo e pesquisa desenvolvidas por Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (Neabs), Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabis) e grupos correlatos em diferentes estados brasileiros.

No IFRS, o projeto teve início neste mês de julho e deve se estender até o final do próximo ano. Um dos focos será pesquisar a diversidade étnico-racial nas instituições. Segundo a coordenadora do Afrocientista na instituição e assessora de Relações Étnico-Raciais (Arer), Alba Salatino, busca-se promover letramento científico e racial, reforçar a identidade e o empoderamento dos jovens negros. “A iniciativa fortalece o sentimento de pertencimento dos jovens, e indica para eles que é possível sonhar e concretizar sonhos muitas vezes vistos como impossíveis”, avalia.Já foram selecionados 11 estudantes do ensino médio e dois de graduação do Campus Viamão para se envolverem em atividades de ensino, pesquisa e extensão.

O número de bolsistas deve aumentar, com uma nova seleção de nove alunos de ensino médio e dois de graduação prevista para o mês de agosto. As ações são coordenadas pela  Arer, com a colaboração dos coordenadores de Neabis dos campi Viamão, Osório e Alvorada.

Instituto foi o único do Sul do Brasil em 2023

No ano passado, o IFRS participou como a única instituição da região Sul do país no Afrocientista, por meio do Neabi do Campus Viamão. Foram promovidas atividades com turmas de 8º e 9º anos de escolas estaduais e municipais para refletir sobre preconceito, bullying e valorização da diversidade étnico-racial. As ações abordaram ainda as leis que incluíram no currículo escolar a temática “História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena” (leis 10.639/03 e 11.645/08).

O projeto desenvolveu pesquisa na área de diversidade e relações étnico-raciais nas organizações e ações de ensino voltadas a temas como mulheres na ciência, produção científica de negros e negras, pós-abolição e desigualdade no Brasil. Atuaram 11 bolsistas de ensino médio e dois de graduação. “Nossa primeira edição foi de muitas descobertas, de si e do outro. Foi possível perceber que todos amadureceram e houve, de fato, o empoderamento coletivo”, aponta Alba.

Ao final do ano, o Afrocientista criou a peça de teatro “Resistência Negra”, sintetizando conhecimentos adquiridos. Houve apresentações no Campus Viamão e no Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS, realizado no Campus Bento Gonçalves.

Sobre o Afrocientista

O Afrocientista teve início em 2019, numa promoção da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as). Tem parceria e recebe apoio financeiro da  Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Unibanco. No IFRS, o projeto terá um recurso extra em 2024, por meio de emenda parlamentar. Dessa forma, será possível ampliar o número de bolsistas em relação a 2023 e estender as ações durante todo o ano de 2025.

Saiba mais no site do Projeto Afrocientista.

Fonte: IFRS