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UFRGS recebe R$ 13,2 mi para desenvolver testes ultrassensíveis de Alzheimer e Parkinson no SUS

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi contemplada pelo edital “Mais Inovação Brasil – Saúde”, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para o desenvolvimento de exames ultrassensíveis e de baixo custo para diagnóstico precoce de Alzheimer e Parkinson. O projeto, que receberá R$ 13,2 milhões em investimentos, visa criar testes que possam ser implementados no Sistema Único de Saúde (SUS) utilizando amostras de sangue, saliva, mucosa nasal e urina.

Segundo o coordenador da proposta, professor Carlos Alberto Gonçalves, o estudo busca validar biomarcadores capazes de identificar essas doenças neurodegenerativas anos antes dos primeiros sintomas. Atualmente, o diagnóstico no SUS só é possível após a manifestação clínica, mas o novo teste tem o potencial de revolucionar esse cenário, possibilitando a adoção de estratégias de prevenção precoce.

O pesquisador informa que, em 2024, cerca de 1,5 milhão de brasileiros são afetados pelo Alzheimer. De acordo com ele, as projeções para 2050 são ainda mais alarmantes. Pensando nisso, Gonçalves considera essencial trabalhar no diagnóstico e na intervenção da doença.

A iniciativa coloca o Brasil na vanguarda da pesquisa sobre doenças neurodegenerativas, ao lado de países como Dinamarca e Noruega, que também investigam biomarcadores para essas condições. Além disso, o plano, desenvolvido pelo Departamento de Bioquímica no Instituto de Ciências Básicas da Saúde, inclui a colaboração de diversas universidades brasileiras – UFC (Ceará), UFBA (Bahia), UFCG (Paraíba), UFPA (Pará), UFRJ (Rio de Janeiro), UFRN (Rio Grande do Norte), UFPel, UFCSPA, UFSM, UCPel (Rio Grande do Sul), UFSC, Unesc (Santa Catarina), UFS (Sergipe) – e a instalação de equipamentos de ponta na UFRGS, o que permitirá a implementação dos testes no SUS após a validação pela Anvisa.

Fonte: Yasmmin Ferreira/Sul21

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