ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe são alvos de inquéritos do MPF que questionam greve nos Institutos Federais
Desde o dia 11 de dezembro, o Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria-Geral da República, por meio de inquéritos civis, vem questionando entidades da educação federal – ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra – pelas mobilizações grevistas em institutos federais por todo o país.
Os inquéritos foram motivados por notícias de fatos e manifestações contrárias à greve apresentadas ao MPF. Até o momento, as entidades foram notificadas de cinco processos, todos decorrentes de reclamações sobre a suspensão das aulas em institutos federais e no Colégio Pedro II.
Apenas uma das manifestações ao MPF reclama sobre a paralisação em todos os IF, as demais tratam de instituições específicas (IFBA, IFRO, IFSP e CPII), todas com base do Sinasefe. Apesar disso, o MPF notificou o ANDES-SN e a Fasubra em todos os processos, junto com o Sinasefe, intimando as entidades a se manifestarem sobre questionamentos acerca da legitimidade e legalidade da paralisação.
Curiosamente, a Proifes não consta da lista de intimações, apesar de reivindicar a representação de base de um dos institutos alvos de denúncia: o Instituto Federal da Bahia (IFBA). Não se sabe se a entidade cartorial foi ignorada por ser braço sindical do governo ou se sua representatividade também não é reconhecida pelo MPF.
Ouros ataques contra a greve
Essas intimações se somam a outros ataques motivados pela greve realizada por docentes, técnicos e técnicas da educação federal. Um dos exemplos é a ação inédita e abusiva da reitoria da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que cobra a Associação de Docentes da Ufes (Adufes Seção Sindical do ANDES-SN) por supostos “prejuízos” causados à instituição, durante a greve da Educação Federal. A reitoria emitiu à Adufes SSind. dois boletos bancários que somam mais de R$ 228 mil.
Professores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e uma professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) enfrentaram denúncias criminalizando suas atuações durante a greve docente federal. No caso da professora Gelta Xavier, da UFF, a comissão de sindicância aberta deliberou por arquivamento do processo.
Fonte: ANDES-SN
Foto: José Cruz/Agência Brasil