Após cobranças da ASSUFRGS, Pró-Reitor de Gestão de Pessoas da UFRGS comparece à Assembleia Geral e responde demandas da categoria
A ASSUFRGS Sindicato vem dialogando com a atual reitoria da UFRGS, levando demandas dos servidores TAEs e preocupações referentes à carreira e ao cotidiano dos trabalhadores na universidade. Uma das cobranças recentes do sindicato foi sobre a implementação do horário de verão. Após esse movimento da entidade, o Pró-Reitor de Gestão de Pessoas da UFRGS, Arthur Bloise, compareceu à Assembleia Geral da ASSUFRGS, realizada nesta quarta-feira (05) na Sala 102 da Faculdade de Educação da UFRGS. Além de explicar os motivos para a não implementação do horário de verão, o Pró-Reitor respondeu outras demandas relevantes para a categoria:
Medida Provisória – MP 1286 – Uma das preocupações da ASSUFRGS é saber como a atual reitoria está se preparando para as alterações que ocorreram na carreira após o acordo de greve assinado ano passado. Sobre a aprovação da Lei Orçamentária Anual, necessária para que os impactos da MP, como o reajuste, sejam efetivados, a Coordenadora da ASSUFRGS, Maristela Piedade, destacou que “corre o risco do pagamento do reajuste vir somente em maio”, uma vez que a votação da LOA pode ocorrer somente após o carnaval, em março, impactando apenas a folha de abril. A CNSC está reunida em Brasília e está sendo feita articulação com as bancadas dos partidos para que os pontos que ficaram sem resolução na MP possam ser emendados ainda na votação da MP. Segundo o Pró-Reitor, “o Forgepe tb está articulando com isso.”
Sobre a progressão por mérito e a aceleração por capacitação, o Pró-Reitor de Gestão de Pessoas informa que estão tentando articular para que o próprio MEC implemente as mudanças. “Nós, na Progesp, já estamos em reuniões com CPD para articular as publicações das progressões, no entendimento aquele, que será feito uma reserva do excedente dos 12 meses”, explica Arthur. Como exemplo, ele usou o caso de servidores que tenham completado 18 meses em janeiro deste ano e teriam direito a uma progressão. Como a nova progressão é de 12 meses, o servidor teria direito a 6 meses de saldo, podendo realizar uma nova progressão ainda em junho deste mesmo ano. Especificamente sobre a aceleração por capacitação, o Pró-Reitor disse que é mais complicado. “Nem mesmo o MEC, hoje, tem um interpretação única, sobre a regra geral e a regra da transição. Isso terá que ser trabalhado nas reunião que serão realizadas no mês de fevereiro.”
Cobrado sobre o Horário de Verão na UFRGS, Bloise afirmou que quando assumiu, a atual reitoria foi informada que existia um estudo que estava engavetado na PROPLAN sobre os impactos da medida, como economia de energia, economia de gastos e qualidade de vida do servidor. “Resgatamos esse estudo, encaminhamos pro Gabinete que segue analisando. Hoje, 52% dos servidores estão em teletrabalho e ainda não tivemos tempo de finalizar um estudo sobre o horário de verão. A gestão é favorável que nas férias acadêmicas exista horário de verão e é extremamente importante, pois aliado ao programa da gestão que tem preocupação grande da crise climática, sabemos que nos meses de janeiro e fevereiro é possível fazer a redução. Estamos nesta tarefa de fazer essa implementação. É um compromisso que a gente tem.”
O Coordenador Geral da ASSUFRGS, Gabriel Focking, fez uma intervenção e solicitou que o Pró-Reitor sensibilize o gabinete sobre essa medida, sugerindo a possibilidade de fazer um teste já neste mês de fevereiro, com horário reduzido presencial, para ajudar na finalização deste estudo. “Mesmo para os 48% que seguem em trabalho presencial, existem problemas de infraestrutura da universidade, acumuladas ao longo das gestões anteriores e que impactam também na qualidade de vida dos técnicos. Docentes e discentes estão em período de férias e os TAEs ainda estão aqui, numa jornada de 08 horas, presencial, sem ar condicionado, as pessoas tendo que se realocar de salas para ter um confronto térmico e é algo que poderia ser reduzido esse impacto da falta de infraestrutura com a redução de jornada presencial nesses dias. Tenho certeza que o compromisso dos técnicos será o mesmo. Queria pedir para que tu sensibilize o gabinete nesse sentido. De acelerar essa medida, com a realização de um teste neste mês de fevereiro, até início das aulas”, finalizou o coordenador. “Eu posso levar essa sugestão para o gabinete. Acho que tem muito fundamento, num calor como esse, é muito factível a possibilidade do servidor ficar na sua residência, trazendo economias para a universidade. Mas precisamos ajustar isso, de como iremos fazer essa implementação. Mas eu acho que o gabinete já está sensibilizado em relação a isso. As discussões ocorrem dentro da gestão”, ressaltou o Pró-Reitor.
Sobre o plano de saúde Unimed e possíveis alternativas, Arthur informou que foi criado um GT para analisar um modelo de licitação na Unimed, para fazer as pressões necessárias para que o atual plano de saúde possa ser melhorado na questão financeira. Quanto ao GEAP, Bloise informou que estão analisando os prós e contras do contrato e que seguem estudando outras alternativas à Unimed. “O contrato do GEAP tem problemas, um deles é que o GEAP joga para as reitorias todo o trabalho que os planos precisam fazer, como atender os servidores e toda a parte burocrática. Não iremos virar uma sucursal de um plano de saúde. Queremos também analisar as planilhas de valores do GEAP.”
O Pró-reitor também foi cobrado sobre a questão da farmácia no Campus do Vale. Ele prometeu que “a farmácia vai voltar para o Campus do Vale. Agora tá andando. Existe uma proposta do ILEA e da Progesp, onde iremos tentar fazer um Núcleo de Convivência no ILEA, e fazer um aproveitamento para questões do Vale. Já requisitamos também o espaço do antigo “Santander”.
A ASSUFRGS Sindicato seguirá realizando o seu papel, de cobrar a gestão da universidade para que as demandas dos servidores TAEs sejam atendidas!